Arthur Lira não irá prorrogar a CPI das apostas esportivas
Arthur Lira não irá prorrogar a CPI das apostas esportivas. Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou aos congressistas que não irá prorrogar o funcionamento de nenhuma CPI em curso na Casa – inclusive a CPI das apostas esportivas.

Atualmente, quatro comissões estão em andamento na Câmara: a da Americanas, a do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a das fraudes em apostas esportivas e a das criptomoedas.

As três primeiras têm prazo de encerramento em 14 de setembro, enquanto a das criptomoedas, que apura esquemas de pirâmides financeiras, tem prazo até 28 de setembro.

Embora haja um desejo das comissões de estenderem o prazo de seus trabalhos, uma eventual extensão do prazo precisa ser autorizada por Arthur Lira, que já sinalizou que não prorrogará nenhuma comissão.

Com isso, as comissões devem correr nas próximas semanas para fechar as investigações em andamento e rever o que será incluído nos relatórios.

Paquetá e Luiz Henrique não respondem a convite à CPI

A CPI das apostas esportivas aprovou convites para que os jogadores brasileiros Lucas Paquetá, do West Ham, e Luiz Henrique, do Bétis, prestassem depoimento.

CPI das apostas esportivas jogadores Paquetá e Luiz Henrique não respondem a convites
CPI das apostas esportivas: jogadores Paquetá e Luiz Henrique não respondem a convites

Entretanto, os atletas não responderam aos contatos da comissão da Câmara dos Deputados.

A solicitação de depoimento foi realizada pelo deputado Felipe Carreras (PSB/PE), relator da CPI, que não descarta a possibilidade de os jogadores deporem por videoconferência.

Sobre a CPI das apostas esportivas

CPI das apostas esportivas é presidida pelo deputado Julio Arcoverde (PP-PI) e relatada pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE). Os trabalhos foram iniciados em 17 de maio com prazo inicial de 120 dias, mas esse período foi ampliado.

A iniciativa para criar o colegiado se baseou nas investigações feitas pelo Ministério Público de Goiás que levantaram suspeitas de manipulação em jogos do Campeonato Brasileiro do ano passado, bem como em estaduais deste ano.

Vários jogadores relacionados com o esquema já foram julgados pela justiça desportiva e foram punidos com multas, suspensões e até banimento do futebol.