Júlio Arcoverde defende reformulação das apostas esportivas para mitigar casos de manipulação de resultados (1)
Júlio Arcoverde defende reformulação das apostas esportivas para mitigar casos de manipulação de resultados.

Nesta terça-feira (20), o deputado federal Júlio Arcoverde (PP-PI), presidente da CPI das apostas esportivas, expressou seu apoio à implementação de um novo modelo para o setor. O político defende que as apostas sejam reformuladas, excluindo elementos adicionais do jogo, como escanteios, cartões, pênaltis, entre outros. Essa medida visa reduzir a possibilidade de manipulação de resultados.

“O modelo adotado na França acho que pode ser adotado no Brasil, com a criação de uma agência reguladora. Lá é proibido apostar em acessórios do futebol, como escanteios, pênaltis, cartão amarelo, lateral, etc. Você aposta no resultado do primeiro tempo, do segundo tempo e no resultado final. Acho que isso você já tira muito da manipulação”, afirmou Arcoverde ao portal “ge”.

Segundo o deputado Júlio Arcoverde, as responsabilidades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) vão além de impor punições. Ele enfatiza a importância de desenvolver projetos de regulamentação e fortalecer a fiscalização das apostas no Brasil.

O objetivo é estabelecer diretrizes claras e efetivas para o setor, garantindo a integridade das atividades de apostas e protegendo os interesses dos apostadores e da sociedade como um todo.

“A CPI tem que ser fundada na punição, mas também propositiva. Que paralelo à CPI, a gente possa preparar um projeto de lei para fazer uma regulamentação junto com o Ministério da Fazenda. Posso citar a França, que tem uma agência reguladora de apostas. São várias propostas, estamos estudando o que está acontecendo no mundo, porque não é um problema só do Brasil”, acrescentou o político.

CPI das apostas esportivas começou após denúncia do Ministério Público do Goiás

A CPI das apostas esportivas, presidida por Júlio Arcoverde (PP-PI) e com relatoria de Felipe Carreras (PSB-PE), ganhou destaque em meio à discussão sobre o tema devido a um recente acontecimento. O Ministério Público do Goiás (MPGO) denunciou 16 indivíduos por suposta interferência nos resultados de 13 jogos de futebol.

Esses casos envolvem partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro do ano passado, bem como competições estaduais deste ano. Como resultado, vários jogadores foram afastados de seus clubes sob suspeita de participação no esquema relacionado às apostas. Esses eventos destacam a importância da investigação e regulamentação adequada no setor das apostas esportivas.