Agências lotéricas, jóquei clubes, casas de apostas, salas de poker e videopôquer são alguns dos setores que poderão ser forçados a alertar os jogadores sobre os perigos de apostar. É o que prevê um projeto de lei que espera pela nomeação de um relator no Senado Federal.
A intenção é exigir que nesses jogos seja apresentada aos jogadores, de maneira clara e direta, a mensagem: “A prática do jogo pode viciar e provocar problemas emocionais ou financeiros”.
As casas de apostas esportivas de quota fixa e também as que realizam atividades de jogos ou apostas online também seriam incluídas nesse projeto. A obrigatoriedade sobre o alerta dos riscos da prática que dependam da sorte para definição resultados é proposta pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
Na justificativa da proposta, o senador adverte sobre os riscos à saúde que os jogos podem provocar nos jogadores. A dependência em jogos passou a integrar a lista do Código Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde, em 1992.
O Programa Ambulatorial do Jogo Patológico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) aponta que 73% dos viciados em jogos são também dependentes do álcool. Além desses, aproximadamente 60% possuem dependência de nicotina, e quase 40% têm algum transtorno relacionado às drogas.
Brasileiros movimentaram em jogos US$ 2,7 bilhões de janeiro a julho de 2022
Hoje, o Brasil conta com cerca de 101 milhões de jogadores, isso deixa o país no 5º maior número de gamers no mundo, aponta a NewZoo, especialista em dados de jogos. Quanto à movimentação de dinheiro, a pesquisa indicou que os brasileiros ocupam o 10º lugar no mercado, com US$ 2,7 bilhões de janeiro a julho de 2022.
No Brasil, 43% deste público gastam dinheiro nos jogos. A principal motivação para gastar é ter conteúdo exclusivo ou desbloqueio de conteúdos extras (39%).
