Desde o início da pandemia o mercado de apostas esportivas se tornou extremamente relevante, chegando a registrar uma alta de 76% ao ano. Está alta fez com o faturamento do setor saltasse de R$2 bilhões para R$7 bilhões. Por conta disso, vimos um aumento expressivo no número de patrocínios e parcerias entre entidades esportivas e casas de apostas.
A principal modalidade no Brasil é o futebol, que responde por 0.72% do PIB brasileiro, ou cerca de R$57 bilhões em 2021. Um exemplo disso é que no Campeonato Brasileiro, os 20 times participantes possuem algum tipo de patrocínio de empresas ligadas à apostas.
Uma pesquisa realizada pela Globo relata que ao menos 1 em cada 6 apostadores no país tem as apostas esportivas como sua principal fonte de renda.
A situação do mercado de apostas esportivas e jogos no Brasil
O setor ainda carece de regulação no Brasil, com o governo tentando se aproveitar da alta para entender as melhores formas de arrecadar receitas do mesmo, tendo em vista que as apostas, exceto aquelas organizadas pelo próprio governo, são consideradas “ilegais”, operando sob domínios estrangeiros.
O Projeto de Lei 442/91 – que regulamenta os jogos em todas as suas modalidades – foi aprovado em fevereiro deste ano na Câmara dos Deputados. O PL relatado pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE), prevê a legalização de cassinos, apostas esportivas online e até mesmo o popular jogo do bicho.
O texto do projeto prevê até 3 cassinos em São Paulo (estados acima de 25 milhões de habitantes), e 2 cassinos em estados entre 15 e 25 milhões de habitantes (Rio de Janeiro e Minas Gerais), e apenas 1 por estado nos demais.
Segundo o próprio relator, dados indicam que atualmente existem cerca de 300 cassinos operando ilegalmente apenas em SP, e que a regulamentação ajudaria a mitigar este tipo de atividade sem fiscalização e controle.
