Pesquisa da Playtech aponta que 60% dos brasileiros apostaram online nos últimos seis meses
Foto: Reprodução / Relatório Playtech (https://pt.scribd.com/document/669033965/Relatorio-da-Playtech-60-dos-brasileiros-apostaram-online-nos-ultimos-seis-meses#)

A Playtech publica a segunda edição de seu “Jogo Responsável: Insights e Tendências do Consumidor na América Latina”, que oferece uma análise das preferências dos jogadores online, fornecendo informações valiosas sobre as preocupações e necessidades dos apostadores em mercados regulamentados e que em breve serão regulamentados.

Isso mostra que 60% dos entrevistados brasileiros relataram apostar online nos últimos seis meses. O relatório da Playtech não fica restrito ao Brasil, mas contempla 21 países e territórios diferentes.

Apesar disto, a pesquisa se concentra em cinco dos seis maiores mercados por população numa região que abriga mais de 680 milhões de pessoas.

A equipe regional formada por especialistas comerciais, em assuntos regulatórios e jogos mais seguros da Playtech, Francesco Rodano, diretor de políticas, Charmaine Hogan, chefe de assuntos regulatórios e Pedro Extremera, diretor regional, acreditam que este relatório pode funcionar como um modelo para operadoras que desejam operar na região.

Resultados do relatório da Playtech

Prevê-se que o mercado latino-americano atinja um valor de 3,4 bilhões de dólares até ao final de 2025 e, com este nível de crescimento, é fundamental compreender as necessidades dos jogadores.

Afinal, entrar no mercado latino-americano é um caminho complicado para as operadoras, apesar de seu status de ‘joia escondida’. Os países ainda se encontram em diferentes estágios de regulamentação.

Embora o setor na Argentina tenha sido regulamentado há vários anos, países como Colômbia e Peru ainda são relativamente novos, com o Brasil regulamentando apenas as apostas esportivas.

Brasil e a paixão pelo futebol

Um dos exemplos apontados pelo relatório foi duradouro caso de amor da região com o futebol. O Brasil e a Argentina estavam ambos à frente das apostas quando se tratava de mercados antes da Copa do Mundo de 2022, realizada no Catar. Os argentinos liderados por Lionel Messi levantaram a taça.

A paixão pelo esporte também é evidente nas apostas – segundo relatos, 67% das apostas feitas na América Latina são em futebol.

Tal como acontece com qualquer mercado em crescimento na indústria do jogo, o desafio de manter os jogadores seguros está sempre na vanguarda da estratégia dos operadores.

O relatório da Playtech destaca a necessidade dos operadores não apenas educarem os jogadores sobre como é o jogo responsável, mas também sobre as ferramentas de proteção ao jogador disponíveis para eles.

Multas ou mesmo a perda da licença são duas penalidades potenciais caso os operadores não forneçam provas de práticas de jogo responsáveis, algo visto antes na Europa, com reguladores aplicando multas multimilionárias por responsabilidade social e violações de AML.

Foto: Reprodução / Relatório Playtech (https://pt.scribd.com/document/669033965/Relatorio-da-Playtech-60-dos-brasileiros-apostaram-online-nos-ultimos-seis-meses#)

Diversidade nos comportamentos de jogo na América Latina

Apesar das semelhanças no que diz respeito às preferências de jogo, o Relatório de Jogo Responsável da Playtech mostra diferenças claras nos padrões de jogo dos jogadores nos cinco países analisados da América Latina.

Por exemplo, quando questionados se jogaram online nos últimos seis meses, 53% dos entrevistados na Argentina disseram que sim. Este é o valor mais baixo de todos os cinco países.

O Brasil ficou em segundo lugar com 60%, seguido pelo Chile (68%), Colômbia (75%) e Peru (82%). São dados como estes que tornam o relatório uma ferramenta tão valiosa, explica Francesco Rodano.

“As conclusões do Relatório de Jogo Responsável oferecem informações valiosas que podem ajudar órgãos e operadores do setor a projetar e fortalecer suas estratégias de jogo responsável e de experiência do cliente em toda a América Latina”, diz ele.

“Os insights também fornecem uma visão país por país das percepções em cada mercado, o que pode ser vital quando as operadoras estão tentando penetrar na região como um todo.”

Playtech gráfico
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O relatório ainda mostra que as experiências dos jogadores e as repercussões destas experiências diferem de país para país.

Por exemplo, 52% dos entrevistados do Brasil disseram ter recebido um aviso sobre quanto dinheiro estavam apostando; na Argentina, apenas 16% tomaram essa advertência.

As nuances culturais desempenham um papel tanto nos padrões de jogo como nas percepções do que significa jogo responsável – tanto que 60% dos entrevistados no Brasil classificariam o jogo em sites legais como jogo responsável, enquanto apenas 29% na Argentina pensam assim.

Estudo da Playtech aborda regulamentação

Com esses aprendizados importantes, bem como as conclusões do relatório da Playtech, Hogan acredita que as operadoras têm algumas orientações claras para quando entrarem no mercado brasileiro, bem como no mercado latino-americano mais amplo.

“À medida que o mercado amadurece no Brasil e em outros mercados latino-americanos, acreditamos que a regulamentação pode desempenhar um papel importante no estabelecimento de uma estrutura consistente para proteger os participantes sob a regulamentação local.

“Ao mesmo tempo, os operadores são responsáveis, especialmente nos mercados recentemente regulamentados, por irem além dos requisitos regulamentares mínimos e melhorarem continuamente as formas de promover a proteção dos jogadores”.

Brasil: Um mercado desafiador para operadoras de iGaming?

Com a chegada de uma nova era de jogos e o crescimento previsto, o Brasil tem potencial para ser uma das oportunidades mais lucrativas para as operadoras.

Penetrar neste novo mercado traz consigo seus próprios desafios, especialmente porque o relatório mostra que os entrevistados do Brasil receberam o maior número de avisos de jogos.

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Curiosamente, apenas 13% consideraram que não gastar dinheiro que não podem perder em apostas está ligado ao jogo responsável, em comparação com 53% na Argentina e na Colômbia, 50% no Peru e 56% no Chile.

Outro indicador importante que destaca a necessidade de os operadores optarem por uma estratégia reforçada de jogo responsável são os números do “tempo gasto no jogo” constantes do relatório.

Apenas um em cada três (32%) dos entrevistados brasileiros afirmou jogar por um período limitado de tempo todos os dias. O número é maior em todos os outros quatro países, com o Peru sendo o mais alto, com 56%, seguido pela Colômbia (51%), Chile (50%) e Argentina (41%).

Estes resultados demonstram a necessidade de os operadores terem estratégias de jogo responsável, como mensagens de alerta comportamentais desencadeadas por gatilhos ou limites de depósito impostos, antes de entrarem no mercado.

Mas os operadores não são os únicos que têm um papel importante a desempenhar na ajuda para resolver este problema. A regulamentação é fundamental para educar os jogadores sobre o jogo prejudicial, à semelhança da forma como isto tem sido tratado na Europa.

O relatório completo da Playtech pode ser acessado aqui.