Convocado para a Seleção Brasileira que disputará a Copa América entre 20 de junho e 14 de julho nos Estados Unidos, Lucas Paquetá enfrenta uma acusação grave. A Football Association (FA), a federação inglesa, indiciou o jogador por má conduta relacionada a apostas esportivas.
Paquetá, que joga pelo West Ham na Premier League, é suspeito de forçar o recebimento de cartões em quatro ocasiões diferentes, beneficiando o mercado de apostas, conforme investigação da FA.
A CBF, em conjunto com o técnico Dorival Júnior, está analisando a situação com cautela. Embora Paquetá não tenha sido condenado e ainda tenha até 3 de junho para apresentar sua defesa, a preocupação é grande.
A possibilidade de um corte da Seleção não está descartada, já que o atleta terá que se concentrar em sua defesa nas próximas semanas. Se condenado, Paquetá pode ser suspenso do futebol por um longo período.
Os jogadores convocados que atuam na Europa, incluindo Paquetá, começam a se apresentar em Orlando, nos Estados Unidos, em 30 de maio.
A preparação para a Copa América será na Flórida, com dois amistosos previstos: contra o México, no Texas, em 8 de junho, e frente aos EUA, em Orlando, em 12 de junho. A CBF deve enviar a lista final de 23 jogadores para a Copa América até 12 de junho, permitindo mudanças até essa data.
Dorival Júnior deve conversar por telefone com Paquetá. Há preocupação com o estado emocional do atleta, que nega todas as acusações. O atleta afirma ter cooperado com a investigação da FA.
A indefinição sobre os prazos da FA para uma decisão também preocupa, pois uma eventual suspensão durante a Copa América comprometeria a participação do Brasil.
Entenda o caso de Lucas Paquetá
Paquetá foi acusado de violar a Regra E5.1 da FA, influenciando diretamente a conduta em jogos do West Ham na Premier League.
As partidas investigadas são contra o Leicester City, em 12 de novembro de 2022; Aston Villa, em 12 de março de 2023; Leeds United, em 21 de maio de 2023; e Bournemouth, em 12 de agosto de 2023.
“Alega-se que ele procurou influenciar diretamente o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto, ou ocorrência nessas partidas. Assim, buscou intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito indevido de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas pudessem lucrar”, afirmou a FA em nota oficial.
Paquetá respondeu em suas redes sociais, declarando surpresa com a acusação da FA. Ele afirmou ter cooperado plenamente durante os nove meses de investigação e negou todas as acusações.
“Nego as acusações na íntegra e lutarei com todas as minhas forças para limpar meu nome. Devido ao processo em andamento, não fornecerei mais comentários”, escreveu o jogador.