Regulamentação das apostas passa em comissão e segue para Plenário do Senado
Presidente da CAE, Vanderlan Cardoso conduziu a reunião. Foto: Pedro França / Agência Senado

Aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na tarde desta quarta-feira, 22, a regulamentação das apostas esportivas online, as chamadas bets, segue para agora o Plenário do Senado em regime de urgência.

O projeto de lei (PL) 3.626/2023, que garante a taxação das apostas na internet, foi relatado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA).

O texto trata da modalidade lotérica denominada “apostas de quota fixa” e recebeu votos contrários de diversos senadores, como Eduardo Girão (Novo-CE) e Carlos Portinho (PL-RJ).

Já aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposta faz parte do pacote do Governo Federal para zerar a meta fiscal em 2024.

Se o Senado modificar o texto, o projeto voltará para exame dos deputados.

Distribuição do dinheiro da proposta de regulamentação das apostas

Uma emenda acolhida pelo relator altera a forma de distribuição da arrecadação com as loterias de apostas de quota fixa em meio físico ou virtual.

De acordo com o texto, 88% vão para despesas de custeio e manutenção do agente operador da loteria e demais jogos de apostas.

Angelo Coronel relator da regulamentação das apostas esportivas
Senador Angelo Coronrel foi o relator do projeto. Foto: Pedro França / Agência Senado

Os 12% restantes são rateados segundo os seguintes percentuais:

36% para o esporte, sendo:

  • 22,2% para o Ministério do Esporte;
  • 7,3% para clubes e atletas em contrapartida ao uso de marca e imagem;
  • 2,2% para o Comitê Olímpico do Brasil (COB);
  • 1,3% para o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB);
  • 0,7% para o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC);
  • 0,7% para as secretarias de esporte dos Estados e do Distrito Federal;
  • 0,5% para a Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE);
  • 0,5% para a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU);
  • 0,3% para o Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBCP); e
  • 0,3% para o Comitê Brasileiro do Esporte Master.

28% para o turismo, sendo:

  • 22,4% para o Ministério do Turismo; e
  • 5,6% para a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).

14% para a segurança pública, sendo:

  • 12,6% para o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP); e
  • 1,4% para o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).

10% para a educação, sendo:

  • 5,5% para escolas técnicas públicas de nível médio; e
  • 4,5% para escolares públicas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.

10% a seguridade social;

1% para o Ministério da Saúde aplicar em medidas de prevenção, controle e mitigação de danos sociais advindos da prática de jogos nas áreas de saúde;

0,5% para as seguintes entidades da sociedade civil:

  • 0,2% para a Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Fenapaes);
  • 0,2% para a Federação Nacional das Associações Pestalozzi (Fenapestalozzi); e
  • 0,1% para a Cruz Vermelha Brasileira.

0,5% para o Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim da Polícia Federal (Funapol).