O presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), Marcelo Freixo, expressou seu apoio à legalização de cassinos físicos no Brasil, desde que haja regras claras para controlar as apostas.
Em entrevista exclusiva ao programa CB Poder, ele destacou o modelo de administração dos cassinos em Portugal como uma referência positiva.
Neste caso, a entrada é permitida apenas com registros de CPFs, há limite de tempo de permanência e de valores gastos, especialmente para idosos.
Cassinos podem aumentar a receita com os gastos dos turistas
Freixo ressaltou que a legalização dos cassinos não é apenas uma questão econômica, mas também social. Pois ajudaria a regularizar uma atividade que já ocorre de forma clandestina e sem controle.
Ele acredita que a legalização poderia atrair mais turistas estrangeiros para o Brasil, gerando empregos e impulsionando toda a cadeia do turismo.
O turismo internacional no Brasil atingiu números históricos em 2023, com uma receita de US$ 6,9 bilhões, superando os resultados de 2014, quando o país sediou a Copa do Mundo.
Freixo também destacou que o número de turistas internacionais que visitaram o país em 2023 foi praticamente o mesmo de 2019. Isso indica uma recuperação do mercado atingindo números antes da pandemia de COVID-19.
Além disso, a legalização dos cassinos poderia ser uma nova fonte de recursos para a promoção turística do Brasil no exterior, contribuindo para o orçamento da Embratur.
Em Portugal, por exemplo, o setor de turismo representa 22% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto no Brasil corresponde a 8%.
Freixo enfatizou que, embora esse número possa aumentar, o índice atual já é significativo, comparável ao do petróleo, que representa 12% do PIB brasileiro.
Portanto, a discussão sobre a legalização dos cassinos no Brasil continua a todo vapor. Afinal, há um projeto de lei em tramitação no Senado Federal que prevê a legalização de cassinos, caça-níqueis e outras modalidades de jogos.