Principal evento do mundo das apostas, a ICE London 2024 está reservando um espaço substancial para o mercado brasileiro. Para José Francisco Manssur, assessor especial do Ministério da Fazenda, essa edição é muito especial por ser “a primeira depois da aprovação da lei”.
Em entrevista exclusiva ao portal iGaming Brazil, Manssur ressaltou que ainda há muito trabalho a ser feito, mas que “é impressionante ver o interesse do mundo das apostas pelo Brasil. Somente vindo aqui mesmo para conferir o quanto o mundo está olhando para o Brasil”.
Entretanto, o representante do Ministério da Fazenda ressaltou que esse interesse aumenta ainda mais a responsabilidade de “criar um mercado confiável e seguro e, que ao mesmo tempo lide com as externalidades negativas, se preocupe com vício em apostas, propaganda abusiva e fraudes”.
“É obrigação do governo enfrentar também os problemas para que a gente fique só com a parte positiva, a geração de empregos, distribuição de riquezas, tudo que é positivo neste contexto e deixe as externalidades negativas cada vez mais mitigadas no Brasil”, complementou.
José Francisco Manssur revela próximos passos do processo regulatório no Brasil
Segundo Manssur, as pessoas “esperaram 10, 15 anos para ter o mercado brasileiro regulamentado e agora estão celebrando essa possibilidade”, acrescentando que pelo menos 12 portarias devem ser anunciadas em breve.
A mais esperada pelo mercado é a portaria que trará as regras e prazos para os pedidos de autorização. Mas, vale lembrar que 134 empresas responderam a manifestação prévia de interesse do Ministério da Fazenda.
“Não haverá prejuízo para quem não entrou; esse foi o compromisso que estabelecemos com o mercado quando pedimos a manifestação prévia. Ficamos muito satisfeitos com a resposta do mercado, porque nos deu a oportunidade de quantificar”.
“Eu acho que o número pode ser esse (134) ou um pouco maior, mas o importante é que agora temos uma base para preparar todos os sistemas para receber os pedidos de autorização e colocar o mercado para funcionar de uma maneira segura e confiável”, concluiu José Francisco Manssur.
