Plano de Criação de Resorts Integrados do Japão Enfrenta Desafios
Foto: Coisas do Japão

Com a renúncia do primeiro-ministro, Shinzo Abe, o destino dos resorts integrados no Japão se tornou uma incógnita. A renúncia não deve impactar muito o desenvolvimento dos estabelecimentos, já que ele faz parte da política nacional do Japão.

O substituto esperado para Abe é o secretário-chefe de gabinete Yoshihide Suga, que apoia o continuidade do projeto. Mas é provável que as conversas futuras sobre os resorts integrados sejam interrompidas por enquanto.

Ao que tudo indica, haverá apenas três resorts desse estilo no país. Um dos empreendimentos planejados seria localizado em Osaka, mas o conselho da cidade aprovou recentemente uma proposta para dividir a cidade em quatro distritos.

O referendo está agendado para o final deste ano e, se aprovado, as alas especiais devem ser estabelecidas até 2025. Um resort também deve abrir suas portas no mesmo ano, após a Expo 2025 Osaka / Kansai, mas atualmente não está claro como os planos de dividir a cidade em distritos afetariam o desenvolvimento do projeto.

Nagasaki é outra prefeitura com uma proposta de resorts integrados. Apesar do interesse contínuo dos possíveis desenvolvedores, o governo local adiou o processo de solicitação de proposta (RFP) indefinidamente.

A decisão foi influenciada pelos desdobramentos da pandemia do novo coronavírus em andamento e pelas restrições de viagens. Atualmente, existem três operadores que desejam construir um resort em Nagasaki: Oshidori International Holdings, Casinos Austria e Current Corp.

Yokohama também enfrenta dificuldades, com grupos de cidadãos querendo acabar com o projeto e exigindo a renúncia do prefeito Fumiko Hayashi. O objetivo do grupo é reunir 490 mil assinaturas entre outubro e dezembro deste ano.

Renúncia do primeiro-ministro do Japão

No dia 28 de agosto, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, renunciou ao cargo um ano antes do fim do mandato. Ao todo, ele se manteve no cargo por sete anos e oito meses, a mais longa estadia de um primeiro-ministro na história japonesa.

E o encerramento do segundo ciclo ocorreu pelo mesmo fator da primeira vez: questão de saúde.

Além disso, a sua gestão no decorrer da pandemia sofreu duras críticas por demorar para tomar medidas mais severas de isolamento. “O Japão precisa de governantes que possam se dedicar de maneira integral nesse momento”, disse.