Desafios para as apostas esportivas
Imagem: M2 Comunicação / Renato Ramalho

O crescente mercado de apostas esportivas e cassinos online no Brasil destaca-se, mas a atenção volta-se agora para o “Jogo Responsável”, especialmente entre os jovens.

Segundo pesquisa Datafolha, 30% dos brasileiros entre 16 e 24 anos já se aventuraram nas apostas, revelando uma presença significativa dessa faixa etária nesse cenário.

Regulamentação fomenta o Jogo Responsável

A sanção da lei pelo Governo Federal em dezembro de 2023, focada no mercado de apostas de quota fixa, ressalta a necessidade de proteger as chamadas “populações vulneráveis”. Assim, isso inclui menores de idade, idosos e jogadores compulsivos. 

A resposta governamental se manifesta através da criação de políticas públicas de Jogo Responsável. O Ministério da Fazenda e Saúde lideram a iniciativa, buscando estabelecer um ambiente de jogo seguro e saudável. 

Filipe Senna, sócio do Jantalia Advogados e mestre em Direito de Jogos, definiu o Jogo Responsável como um conjunto de políticas que visam garantir uma relação equilibrada entre jogadores, apostadores e plataformas.

Ou seja, de acordo com Senna, as plataformas de apostas devem adotar medidas não apenas por exigência legal, mas também como parte de uma autorregulação.

Assim, o foco está em criar uma relação positiva com os jogadores, gerando uma percepção pública mais favorável ao setor de jogos e apostas.

Desafios para o setor de apostas esportivas 

O mercado de apostas esportivas no Brasil registrou um notável crescimento de 135%, contribuindo para o desenvolvimento econômico, aumento da arrecadação e criação de empregos.

Portanto, o jogo responsável emerge como uma ferramenta essencial para equilibrar o crescimento da indústria com a proteção dos consumidores.

Portanto, ao implementar políticas, ações e informações para proteger os jovens, idosos e jogadores compulsivos, o governo constrói uma indústria sólida, ética e socialmente responsável. 

A conscientização sobre os benefícios dessa prática não apenas protege as população vulnerável, mas também fortalece a reputação e o sucesso do setor no Brasil.

“É interessante lembrar que, pela experiência internacional e em outras jurisdições, políticas relativas ao jogo responsável conduzem a uma avaliação da percepção pública de forma positiva”, frisou Filipe Senna.

“Consequentemente, geram um maior sucesso à indústria, porque o apostador, o jogador e a sociedade conseguem entender que a relação entre a plataforma e esse consumidor é mais saudável, devidamente protegida e dotada de honestidade, confiabilidade e transparência”, concluiu.