Times Montam Estratégia Priorizando Distribuição do Brasileirão a Receita
Foto: CBF

Com a venda dos direitos internacionais do Brasileirão, a principal competição de futebol do país ingressará em uma concorrência global. No entanto, o objetivo inicial é expandir a marca no exterior através das empresas vencedoras do processo de licitação.

“Precisamos ser mais exigentes com previsibilidade de programação, de horários, e criar um relacionamento com marcas globais. Ao mesmo tempo, não dá para concorrer com outras ligas mais fortes. Entrar sendo premium seria algo errado. Vamos precisar começar como um modelo secundário. Mas não queremos nos perpetuar nessa condição. É só uma estratégia de entrada”, afirmou presidente do Bahia, Guilherme Bellintani.

Os primeiros alvos de distribuição do Brasileiro são Ásia, Europa e os Estados Unidos. Para alinhar as estratégicas a tabela do torneio, a ajuda da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é considerada altamente relevante visando impedir o choque de horários.

Vale salientar que os direitos internacionais do Brasileirão serão negociados pela Global Sports Rights Management (GSRM) para TV aberta, fechada, pay-per-view, internet e OTT/streaming.

Mas, a companhia esteve no centro em uma polêmica relacionada a venda dos direitos da Superliga Argentina sob acusação de ser privilegiada na etapa licitatória. Por isso, acabou desistindo da disputa.

Já uma parceria entre Zeus Sports Marketing e Stats Perform, com sede na Europa e nos Estados Unidos, vai cuidar dos betting rights do Brasileirão, bem como da exibição nas plataformas de apostas. Entretanto, o acordo não foi devidamente assinado porque todos os envolvidos estão analisando os últimos detalhes dos contratos.

Estratégia para os direitos internacionais do Brasileirão

Os times nacionais definiram uma administração conjunta referente aos direitos internacionais do Brasil para impedir que novos acordos fiquem paralisados. Até a temporada 2023, a venda dos direitos se concentrará mais na qualidade da distribuição no exterior do que necessariamente na obtenção de receita.

O acerto atual estabelece uma renda mínima por ano e o repasse do valor conforme as vendas. Isso porque as equipes reconhecem que é indispensável reavaliar o modo de exploração da publicidade da primeira divisão e fortalecer a competição lá fora neste momento.

“A grande questão do contrato é ser um experimento. Vamos distribuir praticamente de graça o primeiro ano. É um aperitivo. Os valores que pensamos para três anos foram diluídos em quatro”, concluiu Bellintani.