O portal The Guardian revelou que um documento foi enviado à Gambling Commission, órgão regulador do mercado de jogos e apostas do Reino Unido, em janeiro de 2020, classificando a plataforma de apostas Football Index como “um esquema de pirâmide excepcionalmente perigoso”.
O documento analisou o modelo de negócios do Football Index, apontando uma série de falhas fundamentais na maneira como a empresa operava, como enganar os clientes fazendo-os acreditar que estavam investindo em vez de apostar, com pouca ou nenhuma noção de que todo o seu dinheiro estaria em risco.
Outros avisos importantes do relatório incluem uma estimativa de que “se o crescimento de usuários parar ou diminuir, a empresa se verá rapidamente incapaz de arcar com essas obrigações aos seus clientes”.
Além disso, o documento mostrou que Football Index era “vulnerável e destinado a uma corrida bancária em que o os primeiros ‘X’ por cento dos usuários conseguem retirar algum dinheiro antes que o sistema entre em colapso e o restante perca tudo”.
Na semana passada, o Football Index paralisou as atividades e entrou em um processo de reavaliação administrativa. O lançamento ocorreu em 2015 e obteve licença da Gambling Commission. A empresa anunciou inicialmente uma redução de 80% nos dividendos, com o site saindo do ar alguns dias depois.
A Gambling Commission suspendeu a licença no dia 11 de março, alegando: “A suspensão segue uma revisão contínua da seção 116 da operadora, pois tínhamos preocupações que as atividades pudessem não ter sido realizadas de acordo com as condições da licença. E o Football Index pode não ser adequado para continuar com as suas atividades licenciadas”.
Sobre o Football Index
Com a base de operações no Reino Unido, a ideia da plataforma era ser um produto do mercado de jogos que permitia aos seus clientes apostar no futuro sucesso de jogadores de futebol.
