A presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Rita Serrano, declarou nesta quinta-feira, 17, que pode ter novidades nas loterias até o final do ano. Conforme ela, a Caixa deve voltar a operar as raspadinhas, como é chamada a loteria instantânea (Lotex).
“Estamos nos preparando para voltar a assumir a loteria instantânea”, disse a executiva em entrevista à imprensa.
A Caixa Econômica Federal comandava a Lotex até 2016, quando a modalidade foi finalizada pelo governo de Michel Temer (MDB).
O relançamento das raspadinhas é um projeto da equipe econômica do Governo Federal, que prevê arrecadar até R$ 5 bilhões com o produto, de acordo com informações do Estadão.
Além disso, Rita Serrano alegou que a Caixa Econômica pretende atuar em outras modalidades de loteria, mas não revelou detalhes.
A presidente da CEF afirmou que o desempenho do banco no segundo trimestre de 2023 confirma a retomada do papel público, depois da transição entre os governos Bolsonaro e Lula. Conforme ela, mesmo sob pressão, sua gestão tem apresentado resultados competitivos.
“O lucro do segundo trimestre é positivo, um crescimento de 40% em um ano, baseado em crédito”, disse ela.
“Mesmo com a gestão sob forte pressão, apresentamos resultado de agente que disputa no sistema financeiro”, acrescentou.
Governo pode utilizar modalidade para promover inclusão no mercado de trabalho
Essa medida visa reverter as políticas de flexibilização adotadas pelo governo anterior e fortalecer o financiamento de programas sociais através dos recursos provenientes das apostas.
Assim, o governo entende que a medida pode servir como política pública para incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Membros do governo analisaram dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que há cerca de 17 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no país.
Os dados também indicam que esse grupo tem índices menores de ocupação, de formalização e de renda.
Histórico recente das Raspadinhas
Hoje, não há raspadinhas no Brasil. A Lotex era comercializada pela Caixa, mas em 2016 entrou no Plano Nacional de Desestatização.
O primeiro leilão deveria ter ocorrido em junho de 2018, mas não houve interessados.
Em 2019, o governo mudou as condições para atrair interessados. Naquele ano, um consórcio internacional arrematou a concessão.
Todavia, o processo de concessão travou por falta de entendimento entre o consórcio e o governo. O consórcio abandonou o processo.