Loteria Estadual do Distrito Federal pode ser implementada até setembro

O Banco de Brasília (BRB) pretende implementar a loteria estadual do Distrito Federal até o mês de setembro. Recentemente, a instituição anunciou um parceiro internacional para criar uma joint venture visando operar a loteria.

Depois de um processo para o qual foram chamados os 15 maiores operadores de loteria do planeta, o BRB acabou escolhendo a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). Apesar de o nome ser conhecido somente pelos hospitais filantrópicos, a SCML também opera as loterias em Portugal desde 1783 e é, hoje, uma das mais tradicionais operadoras de loterias do mundo, com cerca de 5 mil pontos de venda.

“O BRB e a SCML estão confiantes no sucesso da parceria, que será baseada na operação compartilhada do negócio de loterias por intermédio de veículos societário a ser controlado pelo BRB, cuja constituição está condicionada à aprovação de órgãos reguladores”, diz o comunicado.

A tendência é que o BRB controle 50% mais uma das ações. O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, diz que pela lei do Distrito Federal o banco pode explorar quatro tipos de jogos: prognóstico numérico (como a Mega Sena), loterias de números, jogos instantâneos (raspadinha) e apostas esportivas.

Planejamento de comercialização da Loteria Estadual do Distrito Federal

O plano é comercializar a Loteria Estadual do Distrito Federal em agências do Banco de Brasília, nas maquininhas de cartão (POS) do banco, e sobretudo por plataformas online, como o site a o aplicativo da instituição financeira. “Se abrir essa possibilidade de exploração digital além das fronteiras do DF, o potencial do negócio cresce brutalmente”, diz Costa.

De acordo com o presidente do BRB, o brasileiro gasta aproximadamente 55 reais (US$ 10) em apostas anualmente, valor bem abaixo de países como Inglaterra (US$ 104), Estados Unidos (US$ 116), Itália (US$ 126) e Portugal (US$ 137). Brasil arrecada com as loterias aproximadamente R$ 18 bilhões por ano e a estimativa em 2023, com os jogos estaduais, é que esse volume aumente para R$ 36 bilhões.

De acordo com notícia do Valor, o Distrito Federal corresponde a 4% dessa quantia arrecadada hoje. “Os outros países arrecadam, em média, dez vezes mais que o Brasil com jogos, e tem 11 vezes mais pontos de venda. O potencial para o crescimento aqui é enorme”, finalizou Costa.