A tarde desta quinta-feira (28) marcou a estreia da divisão Live Series (transmissões online e ao vivo) proporcionada pelo portal especializado no segmento de notícias de apostas, Games Magazine Brasil.
O primeiro webinar do ciclo, “AGORA BRASIL”, contou com alguns dos principais nomes do setor de apostas do Brasil e do mundo.
O painel: “Os cassinos como novo recurso para superar a crise”, contou com a moderação de Witoldo Hendrich Jr. (Sócio fundador da Online IPS Brazil e do Hendrich Advogados), e os painelistas, Alex Pariente (VP sênior de Operações de Cassino da Hard Rock International), o Deputado Federal Newton Cardoso Jr. (Presidente da Comissão de Turismo), Johnny Ortiz (Fundador da Zitro) e Pedro Cortés (Senior Partner no Rato, Ling, Lei and Cortés Advogados).
Após dar início ao primeiro Webinar e agradecer aos convidados e participantes, o CEO e fundador da Games Magazine Brasil, Carlos Cardama comentou: “Eu deixo aqui meu apelo para o Governo, para termos uma lei digna e justa para o nosso querido Brasil”.
Por sua vez, Witoldo Hendrich complementou: “Não é pedir ao Governo que NOS ajude e sim que SE ajude, pois estamos falando de impostos, arrecadação, geração de empregos e etc. que podem ser benéficos ao país, então o governo precisa SE ajudar”.
O vice-presidente sênior de Operações de Cassino da Hard Rock International, Alex Pariente, usou sua experiência e know how para expôr seu pensamento: “Temos que ajudar o Brasil a achar a melhor maneira para o sucesso”.
“O Brasil precisa mudar sua característica que é de sair do próprio país para jogar em outro, e sim receber os turistas em seu país”.
Pariente apresentou um estudo interessante e comparou o turismo no Brasil com o de outros países: “Depois da chegada dos cassinos-resorts em Las Vegas, que recebia cerca de 7 milhões de turistas por ano, a cidade do jogo passou a receber cerca de 44 milhões de turistas/ano.”
Após apresentar esses números, ele comparou o Brasil com países onde a regulamentação foi pensada e estudada para que retornasse em benefício ao país: “Em Macau e Cingapura tivemos regulamentações justas e claras, o que facilitou o processo dos cassinos e operadores. A regulamentação correta é um ponto chave para os investidores injetarem seu capital em retornos certos e adequados”.
Já Johnny Ortiz tentou mostrar a dificuldade em regulamentar o jogo no Brasil: “Muita gente que nos ouve não são brasileiros e não sabem das dificuldades e problemas que tem aqui e novamente a mídia diz que nos cassinos haverá sonegação de impostos e lavagem de dinheiro, se tem lavagem não tem sonegação e vice-versa e para isso o que é necessário? Compliance! O compliance, deve ser estritas, duras, nos EUA por exemplo as empresas são obrigadas a abrir suas rendas, imposto de renda e tudo o mais, eles controlam tudo o que você faz e assim tem que ser no Brasil. E no Brasil tem que ir além. Precisa fiscalizar aqueles que nos fiscalizam”.
Indagado sobre o melhor modelo, Johnny foi enfático: “Sou a favor da abertura de todos os jogos, nós não precisamos inventar a roda, o jogo já existe e só precisa ser regulamentado. Para mim, a melhor saída é o marco regulatório 442/91.”
Johnny concluiu seu raciocínio fazendo uma comparação: “Todos os nossos vizinhos aqui do Brasil têm cassinos e todos os países, exceto os islâmicos que não possuem cassino são Brasil e Cuba”.
O Dep. Newton Cardoso Jr. entrou num assunto que pode ser o maior tabu dessa regulamentação, e falou sobre a bancada evangélica: “Nós vimos a reunião ministerial onde a questão da corrupção foi muito questionada e há a intenção de combater a corrupção, há a intenção de fazer o país crescer, recuperar, superar essa pandemia e é exatamente esse o caminho e quem é a favor do jogo legal, é contra o jogo ilegal e esse deveria ser o mantra para viabilizar perante a bancada evangélica porque ela não quer se envolver com o jogo ilegal, ela não quer ser acusada de estar defendendo a ilegalidade ou atividades ilícitas no país”.
Pedro Cortés (Senior Partner no Rato, Ling, Lei and Cortés Advogados) comentou sobre o modelo adotado em Macau e informa que mesmo estando três meses fechado, os cassinos de Macau passam pela pandemia e se sustentam: “Quando olhamos para o mercado de Macau vemos 1,2 bilhões de pessoas interessadas em jogo e de três meses para cá temos os cassinos totalmente fechados, mas as reservas dos cassinos são suficientes para sustentá-los até por um ano sem receita”.
Pedro comparou o modelo usado em macau com o de Las Vegas: “O modelo de Macau foi inspirado no modelo usado em Las Vegas. Se falarmos só em jogo, em Macau estamos falando de sete vezes mais do que em Las Vegas”.
Devido ao tamanho do Brasil, Pedro Cortés entende que o país não se compara com nenhum outro e falou sobre como seria o melhor modelo para adotar no país: “No Brasil estamos falando de um país continental e temos tudo o que oferece Las Vegas, Macau e Portugal, por isso, não podemos escolher apenas resorts, ou só cassinos ou apenas bingos, temos que olhar para o Brasil com vários Estados, Municípios diferentes e entender qual o modelo ou modelos, podendo ser um ou diversos, então acho que não podemos nos apegar em apenas um”.
Ao final do evento, Eliane Nunes, apresentadora do evento anunciou que no próximo dia 25 de junho a Games Magazine Brasil proporcionará a segunda edição do webinar onde abordará o tema: “Apostas esportivas: construindo uma regulamentação para que todos ganhem”, com a participação especial do subsecretário da SECAP, Waldir Eustáquio Marques Junior.
