A Associação Inglesa de Futebol pede proibição de apostas em cartões amarelos

A Associação Inglesa de Futebol deseja que os operadores de apostas esportivas parem de aceitar apostas em cartões amarelos e outros incidentes no jogo.

O pedido é uma resposta às preocupações sobre a correção pontual em meio a uma série de casos de grande repercussão.

A Associação Inglesa de Futebol acredita que esses mercados de apostas em jogos são vulneráveis ​​à manipulação.

Mail Sport afirma ter tomado conhecimento de que dirigentes da FA conversaram com operadoras e com o governo sobre restrições aos mercados de apostas oferecidos em certas competições.

Acredita-se que a Premier League apoie a decisão.

Alguns países, incluindo Alemanha e Suécia, já proibiram completamente as apostas em cartões amarelos.

No Reino Unido, alguns grandes operadores de apostas deixaram de aceitá-las devido a preocupações com a integridade desportiva.

FA está investigando brasileiro por supostas apostas em cartões amarelos

A aparente intervenção da FA ocorre no momento em que investiga supostos padrões de apostas suspeitos em torno de cartões recebidos pelo jogador brasileiro Lucas Paquetá no West Ham em três jogos da Premier League este ano.

Esta é a quarta investigação de alto nível sobre cartões amarelos em cinco anos, e o Mail Sport afirma ter sido informado de que havia mais que não foram tornados públicos.

FA apostas em cartões amarelos

Nenhuma ação foi tomada após investigações sobre os cartões recebidos por Granit Xhaka e Ciaran Brown, mas na temporada passada, o ex-zagueiro do Reading, Kynan Isac, foi suspenso por quase 12 anos por receber deliberadamente um cartão amarelo.

Em 2018, Bradley Wood, do Lincoln City, foi banido por seis anos por receber propositalmente um cartão amarelo em dois jogos para tentar ganhar cerca de US$ 13000 em apostas arranjadas previamente.

A invenção do cartão amarelo

No dia 23 de julho de 1966, no estádio de Wembley, em Londres, pelas quartas de final da Copa do Mundo, a Inglaterra e a Argentina disputavam uma vaga na semifinal.

Nessa época os árbitros faziam gestos e gritavam para se comunicar em campo, e dependiam só do apito, mas essa partida mudou isso.

O confronto que já era tenso ficou ainda mais nervoso quando o camisa 10 da Argentina, Antonio Rattin, foi expulso pelo árbitro alemão Rudolf Kreitlen.

Rattin contestou a falta marcada e o juiz, que não entendia espanhol, decidiu expulsar o argentino.

Mas como o juiz não conseguia tirar o jogador de campo, recorreu a Ken Aston, responsável pela arbitragem na Copa do Mundo e que depois de toda essa confusão começou a pensar numa maneira de sinalizar, inspirando-se nos semáforos de trânsito usados no mundo todo.

A proposta foi aceita pela Fifa e implementada a partir da Copa do Mundo no México, a que vinha na sequência.

Os cartões amarelo e vermelho passaram assim a ser utilizados desde 1970, e viraram ferramenta fundamental para os árbitros de futebol.