O debate sobre a liberação dos cassinos no Brasil está novamente em voga. A lei que proibiu a realização do jogo tem mais de sete décadas, mas pode passar por mudanças em breve. Por isso, a discussão em torno dos pontos positivos e dos negativos é relevante e muito atual.
Muitas entidades, pessoas, profissionais e veículos de imprensa estão tratando da possibilidade de retomada dos cassinos no Brasil, assim como mostrado na matéria publicada pelo site Bem Paraná. Confira a reportagem a seguir!
Cassinos no Brasil!
O assunto dos cassinos e cassinos online e sua legalização no Brasil está surgindo com maior força. A Lei do Jogo do Presidente Dutra tem mais de sete décadas, mas ela pode ser flexibilizada para acomodar as casas de apostas esportivas online e os cassinos online, já que o setor movimenta bilhões ao redor do mundo e cada vez mais países estão antenados nisso.
Mas o que essa mudança realmente traria para a sociedade? Ela é positiva? Negativa? É isso que iremos abordar neste texto.
Precisa de estrutura
O processo precisa ser muito bem pensado e caso seja feito nas coxas, apenas para ganhar dinheiro em impostos, estamos falando de um pró que vira contra rapidamente.
Citaremos abaixo a motivação para fazer uma mudança. Algo que é necessário ter cuidado é ter a estrutura necessária para abrir cassinos físicos e até permitir a operação online, sem ser apenas “abre as portas de qualquer lugar” ou “cria o site e vai”.
Então expedir licenças de forma limitada, exigir um grande padrão de operação e fiscalização para garantir a justiça do jogo e até permitir a união do jogo com hotéis em lugares turísticos. Isso pode potencializar a atratividade dos negócios e chamar mais gente para os salões.
Mas há também que regular os jogos que existem e a presença de bônus sem depósito e outras práticas de mercado, fazer uma checagem profunda de background das empresas e funcionários envolvidos e muito mais.
Os cassinos deixaram de ser um lugar onde você vai para jogar nas cartas e se tornaram centros de entretenimento, com shows disputados e de grande qualidade, musicais e restaurantes de alta gastronomia. Isso pode ser observado em outros países, como Portugal e Estados Unidos. Você pode ir sem apostar e mesmo assim ter uma boa noite.
A motivação é clara
Não há como esconder que a principal motivação é dinheiro. Dutra proibiu o jogo, supostamente por pressão da própria esposa, conhecida como Dona Santinha e abertamente contra as apostas. Com isso, cassinos famosos tiveram que cessar suas atividades, inclusive o Copacabana Palace tinha suas mesas de jogos. Menos de 10 anos depois, os Estados Unidos criavam uma cidade no deserto, chamada Las Vegas, que seria o paraíso para os apostadores.
Alguns vão opinar que isso foi um acerto, outras que foi um erro, mas é difícil ser contra o retorno financeiro que traz em impostos e a atração de turistas. Isso pode ajudar regiões inteiras, que se beneficiariam com os recursos que entram. Além disso, há a abertura de milhares de empregos.
E, terceiro, não dá para fugir do fato que com a legislação atual, o Brasil deixa de ganhar dinheiro, mas não impede a atuação de casas de apostas e cassinos online que usam a internet e não estão hospedadas no Brasil.
Todas as empresas online operam no país, aceitam transferência bancária e boleto, oferecem sites em português e o jogo em reais. Inclusive fazem publicidade em canais de televisão, sites e até são parceiras de entidades esportivas, como a CBF.
Esse dinheiro não fica no país. Está na hora de mudar isso.
A questão do vício
Uma das principais críticas ao jogo é a questão do vício, que infelizmente atinge uma parcela dos jogadores e é um problema bastante sério que não pode ser negado. Mais além da moralidade ou algo do tipo, há que ter cuidado e atendimento para as pessoas que caíram nas garras da adição e não conseguem sair por conta própria.
Para isso é necessário criar uma estrutura para auxiliar essas pessoas, similar ao que acontece em outros países, como o Reino Unido. Número de telefone para atendimento imediato, grupos de auxílio e o próprio envolvimento das casas, com mecanismos de exclusão e não-atendimento.
Sem isso, as críticas à liberação do jogo sem contrapartida fazem o sentido.
