As operações financeiras por meio do PIX devem movimentar cerca de R$ 52 bilhões em 2023 em apostas esportivas, conforme levantamento recente da Gmattos de Pagamentos.
Para Darwin Filho, CEO do Esportes da Sorte, a criação do PIX foi crucial não apenas para o aumento das apostas, mas também para popularização das casas de apostas. “A instantaneidade das transações e do depósito ao saque, fizeram com que clientes habituados a jogarem em outras esferas migrassem para o jogo online pela facilidade transacional”, explicou em entrevista à Veja.
PIX favoreceu apostadores e casas de apostas
Antes disso, as plataformas tinham dificuldade de aceitação junto aos brasileiros, uma vez que a compensação das transações era considerada muito vagarosa. O recurso é o método de pagamento mais aceita por casa de apostas no Brasil e, apenas neste primeiro trimestre deste ano, já movimentou mais de R$ 13 bilhões, valor que é oito vezes maior do que em relação ao mesmo período de 2022.
“Após a introdução do PIX, houve uma explosão no número de usuários. Hoje, nas plataformas de jogos, 93% das transações são feitas via Pix, e o restante por boleto e TED”, afirmou Cristiano Maschio, CEO da Qesh, empresa especializada em processamento de pagamentos.
A preferência pelo PIX ocorre mais pela agilidade e o imediato depósito na conta do cliente. “O PIX revela a necessidade de controles e regras claras para a utilização dos meios de pagamento observando as melhores práticas em combate à lavagem de dinheiro, uso indevido de dados pessoais e práticas que afrontem os princípios do jogo responsável”, disse Marcos Sabia, CEO do galera.bet.
“Antigamente, a dificuldade maior era na velocidade em que esses depósitos aconteciam. Agora elas acontecem quase que simultâneas. Automaticamente, o interesse no número de apostas aumentou substancialmente”, complementou Hans Schleier, diretor de marketing da Casa de Apostas.