Manipulação de resultados também é um problema para o Comitê Olímpico Internacional (1)
Manipulação de resultados também é um problema para o Comitê Olímpico Internacional.

No ano de 2013, quando assumiu a presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach fez uso de parte de seu discurso e, em seguida, referiu-se à Agenda 2020 para abordar a questão que se apresentava em relação às apostas esportivas e a manipulação de resultados. Inicialmente, isso parecia ser algo distante da realidade, porém, com o passar do tempo, essa necessidade tem se mostrado cada vez mais evidente.

Antes mesmo disso, em 2006, o COI divulgou o seu Código de Ética, que proíbe explicitamente todos os membros das delegações olímpicas e todos os credenciados de se envolverem em qualquer forma de apostas esportivas relacionadas às competições. Essa proibição é ainda mais enfatizada no processo de inscrição para participação nos Jogos, conforme mencionado nos artigos 7 e 10.

No documento divulgado pelo COI, é reconhecido que as apostas esportivas existem desde tempos antigos. Consequentemente, seguindo a recomendação do International Forum for Sports Integrity, foi estabelecida a Olympic Movement Unit, uma unidade dedicada à prevenção da manipulação de competições. Essa unidade desenvolveu um modelo abrangente, que inclui regras e procedimentos rigorosos, além de um sistema de inteligência e um canal para denúncias.

Manipulação de resultados também é um problema para o Comitê Olímpico Internacional
Até mesmo os esportes olímpicos sofrem com a manipulação de resultados.

A partir dos Jogos Olímpicos de Londres, realizados em 2012, uma iniciativa adicional foi implementada, chamada Joint Integrity Intelligence Unit (JIIU). Essa unidade é formada a cada edição dos Jogos Olímpicos e reúne esforços do COI, do Comitê Organizador do evento em questão, bem como autoridades nacionais, polícia local e a Interpol. O JIIU trabalha em conjunto para fortalecer a integridade esportiva e combater qualquer forma de manipulação de competições.

Em 2014, o COI introduziu o IBIS (Integrity Betting Intelligence System), um sistema de monitoramento que acompanha todo o processo das agências de apostas durante os Jogos Olímpicos, detectando e investigando quaisquer atividades consideradas suspeitas. O IBIS foi desenvolvido para fortalecer a integridade do evento esportivo e garantir que quaisquer irregularidades relacionadas às apostas sejam prontamente identificadas e devidamente abordadas.

O Código de Prevenção de Manipulação de Competições, estabelecido na Carta Olímpica, nas regras 25 e 43, é de cumprimento obrigatório para todas as federações esportivas internacionais. Essas federações devem adotar o código em todas as suas competições, assegurando a aplicação das medidas preventivas necessárias contra a manipulação de resultados.