GT do Governo não contempla representantes das casas de apostas
(Imagem: Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom)

Representantes das casas de apostas ficaram de fora do Grupo de Trabalho (GT) Interministerial de Saúde Mental e de Prevenção e Redução de Danos do Jogo Problemático, criado pelo Governo Federal.

De acordo com a portaria que determinou os integrantes do GT, foram indicados representantes dos ministérios da Fazenda, Saúde, Esportes e Secretaria de Comunicação (Secom)

Cada pasta indicou quatro nomes, totalizando 16 integrantes titulares, e um igual número de suplentes. Portanto, nenhum espaço foi dado a representantes do setor das apostas esportivas online. 

Casas de apostas cobram mais participação

A portaria publicada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no fim de fevereiro e contemplou apenas representantes da Esplanada. No entanto, representantes do setor de apostas cobram mais participação. 

Além disso, o motivo principal da cobrança é por conta da expectativa de uma norma que determine a implementação de um sistema de autoexclusão integrado. Segundo especialistas, esse dispositivo permitiria que um jogador que decida se autoexcluir de uma bet também não possa jogar em outros sites.

Quando o grupo foi anunciado oficialmente pelo governo Lula, a Fazenda divulgou que o foco do GT seria “desenvolver estratégias para prevenir, mitigar danos e oferecer suporte a indivíduos e comunidades afetados por práticas de jogo compulsivo ou em situação de vulnerabilidade, considerando o contexto das apostas de quota fixa”.

O GT e suas responsabilidades

O Grupo de Trabalho Interministerial de Saúde Mental e de Prevenção e Redução de Danos do Jogo Problemático surgiu como uma iniciativa do Governo Federal para combater o vício em jogos. 

Objetivos 

  • Elaborar um Plano de Ação para prevenir e reduzir danos
  • Oferecer assistência a pessoas com comportamento de risco
  • Propor estratégias regulatórias e administrativas
  • Articular ações com entidades públicas e privadas
  • Monitorar e identificar perfis de risco entre os apostadores

Base legal

A iniciativa tem como base legal a Lei nº 14.790, de 29 de dezembro de 2023, e a Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018.