Alphabets-investidores-fazem-carreata-pedindo-resultados-de-investigacao

Na última quarta-feira um grupo de investidores revoltados com o fechamento da Alphabets, empresa suspeita de pirâmide financeira em Cabo Frio, na Região dos Lagos, realizaram uma carreata com um veículo de som a partir da Praça São Cristóvão, até a porta da 126ª DP, neste domingo, para reforçar sua insatisfação perante o fechamento da empresa antes do pagamento de suas aplicações.

Motociclistas e motoristas envolvidos no ato alegaram ser vítimas do CEO da Alphabets Investimentos, Rogério Cruz, da Alphabets Investimentos, empresa de apostas que está atualmente sob investigação policial.

De acordo com informação da página “RLagos Notícias”, o comboio partiu da Avenida Teixeira e Souza às 12h15 e terminou em frente à esquadra para manifestar a sua indignação e reforçar a resposta dos investigadores sobre o caso.

Segundo a Polícia Militar, agentes do 25º BPM (Cabo Frio) acompanharam a manifestação, que seguiu pela Avenida Teixeira e Souza.

Alguns depoimentos das vítimas e investidores

A insatisfação das vítimas também foi expressa nas redes sociais. O perfil do Instagram @rogeriocruz.official que divulga as acusações contra o suspeito, publicou neste domingo os relatos de algumas pessoas que alegaram ter sido prejudicadas pela Alphabets

“Investi e não contei pra ninguém, estou com vergonha de falar que fui enganado porque tenho só 18 anos”, desabafou um jovem.

“Investi 16 mil e nem recebi 50%. Fiz empréstimo e agora não tenho como pagar porque estou desempregada”, disse mais uma vítima.

“Perdi 140 mil, minha esposa investiu também o salário dela de médica, lá se foram mais 10 mil”, contou outra pessoa.

“Tenho 3 filhos. Investi com o intuito de terminar minha casa. Tô sem chão”, comentou uma vítima.

O histórico de Rogério Cruz, presidente da Alphabets

Rogério Cruz, presidente da empresa investigada, já condenado por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, publicou um vídeo um dia após o fechamento da Alphabets dizendo que ele “tem influência dentro do governo” e “amigos policiais”.

O caso que lhe rendeu a condenação começou em 2016, quando ele foi preso em flagrante ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Natal (RN) com três quilos de ecstasy na mala.