O proprietário do The Venetian, a empresa de investimento de capital privado Apollo Global Management, planeja distribuir um dividendo de aproximadamente US$ 620 milhões aos investidores, além de distribuir bônus aos 7 mil funcionários do resort.
O Conselho de Controle de Jogos de Nevada recomendou quarta-feira a aprovação desta ação, que é exigida por regulamento devido ao fato de que a subsidiária operacional da Apollo é de propriedade privada. Espera-se que o Conselho considere o pedido em 17 de novembro.
Os representantes do The Venetian não especificaram a quantidade de bônus que os trabalhadores receberão, já que isso será anunciado em uma reunião com os funcionários. Entretanto, eles disseram que cada funcionário receberia a mesma quantia, segundo a revista Las Vegas Review-Journal.
O Conselho de Controle foi obrigado a rever a distribuição para garantir que a empresa mantenha um equilíbrio adequado da dívida e continue com a estabilidade financeira de sua operação.

O diretor financeiro do The Venetian, Robert Brimmer, declarou que o resort superou substancialmente as expectativas desde que a Apollo adquiriu a propriedade por US$ 6,4 bilhões da Las Vegas Sands Corp. em fevereiro. O negócio foi anunciado pela primeira vez em março de 2021.
Ele também disse que a empresa teve resultados financeiros “superiores ao esperado” no hotel, cassino, alimentos e bebidas, e negócios de reuniões e convenções. Conseguiu manter altas taxas de espaço e ocupação desde que a Apollo assumiu o controle.
De acordo com o CFO, a empresa pretende investir US$ 1 bilhão na propriedade nos próximos três a quatro anos, remodelando salas e expandindo e modernizando o piso do cassino com mais caça-níqueis. O investimento representaria uma das atualizações mais significativas dos espaços do resort.
Os membros do Conselho de Controle de Jogos de Nevada declararam estar preocupados com a estabilidade financeira do The Venetian porque a Apollo “não tem tido um longo histórico de operação”. O sócio de capital privado da Apollo, Daniel Cohen, disse que a empresa não antecipou uma recuperação tão grande da pandemia, e percebeu uma rentabilidade maior depois que os líderes se familiarizaram mais com as operações.
Cohen disse que quando a transação foi assinada em março de 2021, a empresa estava subscrevendo a transação “em um momento muito diferente da história”, relata Review-Journal. “Quando fechamos a transação, estávamos em recuperação, mas não conhecíamos o negócio”, observou ele. “Nós nem sabíamos qual era o plano de negócios e levamos três ou quatro meses para descobrir isso”.