O presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Felipe Bevilacqua, determinou nesta terça-feira, 1, a suspensão preventiva de 12 atletas por suspeita de manipulação de resultados no futebol brasileiro.
Os atletas ficarão sem atuar por 30 dias até que o caso seja julgado no STJD.
A denúncia da Procuradoria do STJD teve como base as provas colhidas pelo Ministério Público de Goiás na Operação Penalidade Máxima.
Todos se tornaram réus na Justiça de Goiás.
O presidente em exercício do STJD justifica a decisão alegando que “as violações e os prejuízos ao desporto, sua repercussão, são graves o suficiente para justificar a medida excepcional de suspensão preventiva dos denunciados”.
Lista de atletas suspensos pelo STJD
- Bryan Jahir García Realpe (“Bryan”), atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Athletico Paranaense-PR;
- Diego Porfírio da Silva (“Diego”), atleta do Desportivo Aliança-AL;
- Alef Mangueira Severino Pereira (“Alef Manga”), atleta do Coritiba-PR;
- Vitor Mendes Alves (“Vitor Mendes”), atleta do Atlético Mineiro-MG;
- Sávio António Alves (“Sávio Alves”), atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Goiás-GO;
- Pedro Henrique Azevedo Pereira (“Pedrinho”), atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Athletico Paranaense-PR;
- Sidcley Ferreira Pereira (“Sidcley”), atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Cuiabá-MT;
- Thonny Anderson da Silva Carvalho (“Thonny Anderson”), atleta do ABC-RN;
- Jesús Emiliano Trindade Flores (“Jesús”), atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Coritiba-PR;
- Adailson Freire Pereira da Silva (“Dadá Belmonte”), atleta do América-MG;
- Severino de Ramos Clementino da Silva (Nino Paraíba), atleta do Paysandu-PA;
- Igor Aquino da Silva (“Igor Cárius”), atleta do Sport-PE.
Operação Penalidade Máxima e o escândalo de manipulação de resultados
Nos últimos meses, a imprensa esportiva foi tomada por denúncias de envolvimentos de atletas em esquemas de manipulação de resultados de jogos de campeonatos estaduais e das Séries A e B 2022, para favorecer apostadores.
Essas denúncias são resultado de uma operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) chamada de Penalidade Máxima.
Para o MP-GO, clubes e casas de apostas esportivas são apontados como vítimas do esquema.
Criminosos aliciavam jogadores profissionais para realizarem determinadas ações, em momentos específicos dos jogos, como cometer pênaltis ou tomar cartões amarelos ou vermelhos em troca de recompensas financeiras.
Esses pagamentos variavam de R$ 30 mil até R$ 150 mil.
A investigação do MP-GO surgiu em fevereiro, a partir de uma denúncia feita pelo presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo.
Até o momento, alguns jogadores já foram punidos pelo STJD com penas que podem incluir multas, afastamentos e banimentos do esporte.