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Reuters/Annegret Hilse

Atualmente não se fala em outra coisa além de Copa do Mundo. De fato, este é um momento único momento que chama atenção de diversas pessoas do mundo todo. A competição traz uma sensação completamente diferente de todas os outros torneios, sendo acompanhado por torcedores e fãs de apostas esportivas de todo o mundo.

A Copa do Catar será lembrada, entre outras polêmicas, pelas zebras da primeira rodada. O termo ‘zebra’, inclusive, surgiu no futebol por conta do Jogo do Bicho. Como esse animal não existia no jogo, os resultados negativo geralmente eram considerado uma ‘zebra’, por não atenderem a expectativa de uma parte dos jogadores.

Já tivemos a Argentina perdendo pela primeira vez em uma estreia, e para a Arábia Saudita, Japão vencendo de virada a Alemanha. Além disso, na história da competição já vimos os Estados Unidos ganharem de 1 a 0 da criadora do futebol, Inglaterra em 1950; o Brasil perdendo de 1 a 2 Noruega em 1998, a Eslováquia fez 3 a 2 Itália em 2010, a derrota da Alemanha por 2 a 0 para a Coreia do Sul em 2018, sem falar da histórica goleada que se tornou um pesadelo para todos o brasileiros, o 7 a 1 de Alemanha e Brasil.

Todas essas zebras e imprevisibilidades aquecem ainda mais o mercado brasileiro de apostas esportivas – segmento que movimenta bilhões de reais e ganha novos adeptos diariamente. A estimativa para 2023 deste mercado é ainda mais promissora. A modalidade foi permitida no Brasil em dezembro de 2018, aprovada pelo então presidente Michel Temer. Mas ainda não há uma regulamentação completa do setor no país.

As empresas que oferecem apostas esportivas não podem ter sede no Brasil e seguem as regras legais de seu país de origem. Um campo atraente, acessível e arriscado que pode se tornar mais uma fonte de endividamento. A expectativa do dinheiro fácil com pouco esforço tira o melhor proveito da dobradinha ganância e ignorância.

É possível apostar pequenas quantias nas casas de apostas, partindo de de R$ 10 (na média) e sem limite máximo. Dependendo do resultado, o montante apostado pode se multiplicar inúmeras vezes, dando maiores retornos quando acontecem as chamada ‘zebras’

Por exemplo: no jogo da Alemanha contra o Japão no Catar uma aposta de R$ 1 mil, no intervalo da partida, já pagava o equivalente a R$ 13 mil para quem tinha direcionado suas esperanças na seleção japonesa. Isso explica o porquê das diversas buscas que vemos na internet de ‘como lucrar com as apostas esportivas?’.

Os ganhos altos em pouco tempo e com baixo risco chamam muito a atenção de fãs e torcedores. Essa uma combinação que não pode ser representada por nenhum animal, pelo simples fato dessa possibilidade não existir.

Vale lembrar que as zebras aconteceram e certamente continuarão a acontecer, dando seu ar da graça dentro e fora das quatro linhas. Seria ideal portanto, que elas pudessem ficar de fora também da sua conta bancária.