Marcas de casas de apostas voltam a aparecer na parte frontal de uniformes de clubes

Os patrocínios de empresas de apostas na parte frontal dos uniformes dos times da elite do futebol inglês voltaram a crescer depois de uma queda no ano passado, de acordo com uma nova pesquisa da Caytoo.

Apesar da Premier League, liga responsável pela organização da primeira divisão do futebol inglês, estudar uma proibição, o setor de jogo registrou o terceiro maior aumento nos negócios de patrocínios com inserção de marcas na parte da frente das camisas entre os 226 times profissionais de futebol, críquete e rúgbi da Inglaterra.

Com isso, o segmento passou a representar 9,2% de todos os patrocinadores, ficando em segundo lugar atrás da indústria automotiva com 10,5% e à frente do varejo com 8,8%.

Casas de apostas representam 15,4%, dos patrocínios de times de futebol

As marcas de jogos de apostas também representam mais patrocinadores na parte frontal dos uniformes de futebol do que qualquer outro setor, com uma participação de 15,4%, contrariando os relatos de que os clubes da Premier League estão dispostos a apoiar a proibição deste tipo de parceria.

Os principais clubes de futebol da Inglaterra realizariam uma votação sobre os patrocínios de empresas de apostas no começo deste ano, mas a decisão foi adiada em meio a turbulências no governo.

Embora a Premier League represente apenas 20 dos times profissionais de futebol da Inglaterra, as descobertas de Caytoo podem levantar preocupações sobre o posicionamento geral dos clubes em uma eventual campanha voluntária para abrir mão desses contratos.

Alex Burmaster, chefe de pesquisa e análise da Caytoo, comentou: “É um notável retorno ao setor de jogo depois que sua parcela de patrocínios caiu quase pela metade de 2019 a 2021. Mas, este ano, os acordos de rúgbi e críquete resultaram em um mini retorno que surpreenderá muitos como as parcerias entre empresas de jogos e clubes de futebol”.

“Então, as grandes questões são: a proibição voluntária da Premier League acontecerá e, em caso afirmativo, outras divisões ou esportes como rúgbi e críquete seguirão o exemplo?”, frisou Burmaster.

Enquanto as marcas de jogos de apostas experimentaram um ressurgimento, outros setores não tiveram tanta sorte. Os serviços financeiros, segundo setor mais dominante no ano passado, teve a maior redução, passando de 8,4% para 6,1%, enquanto o álcool caiu de 3,1% para 1,3%.