Estudo Aponta Tendências do Presente e Futuro do Mercado de Apostas da América Latina

A pandemia do novo coronavírus provocou algumas mudanças no mercado de apostas da América Latina, fazendo as empresas investir mais na internet e os cassinos paralisar suas atividades. Agora, um estudo apontou tendências sobre o presente e o futuro da indústria avaliada em US$ 5 bilhões.

Publicado pela Sherlock Communications, “Uma Grande Aposta: O Mercado de Apostas da América Latina em Pleno Crescimento” avalia as seis principais economias da região – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru – e conta ainda com uma análise com mais de três mil moradores feita em parceria com a Toluna.

Enquanto um em cada quatro entrevistados afirmou que nunca apostou, aproximadamente 39% dos participantes já jogaram algumas vezes e, no Brasil e no Peru, 18% alegaram que apostam mais de uma vez por semana.

A pesquisa indica que cada nação precisa ser contextualizada: os brasileiros, por exemplo, apostam mais do que qualquer outro país, cerca de 20% deles – o dobro dos chilenos e quatro vez mais do que os mexicanos – defendem que o jogo deve continuar ilegal no país.

“Nosso relatório mostra a necessidade – e de fato o desejo – de regulamentações claras e concisas”, disse Patrick O’Neill, sócio-gerente da Sherlock Communications. “Países onde as apostas não são regulamentadas são menos atraentes para empresas internacionais, bem como mais perigosos para os consumidores”.

Preferências dos apostadores na América Latina

O estudo revelou que que, quando se refere a escolher um embaixador para chamar a atenção do público, os requisitos para contratação mudam de um país para o outro. Um jogador profissional tem preferência no Brasil e na Colômbia, enquanto os entrevistados optariam por apresentadores de TV na Argentina, Chile, México e Peru.

Um quinto dos participantes do estudo acredita que um jogador é um bom embaixador, só que há distinções, porque os colombianos, por exemplos, alegam que o engajamento é mais provável quando se emprega um herói local, enquanto os peruanos preferem um craque internacional.

O público da América-Latina concorda quanto as pontos que os auxiliam a determinar qual casa de aposta utilizar. Aproximadamente 62% apontaram as apostas grátis e os bônus especiais como principal diferencial para selecionar uma empresa de apostas.

Somente na Colômbia uma forma de pagamento simplificada foi a prioridade (60%) a frente das promoções (58%). Uma plataforma intuitiva e responsiva é outro ponto relevante, bem como atendimento no idioma local.

Situação do Brasil

Nos cassinos, o Brasil é o único país entre os entrevistados onde os locais físicos são proibidos, ainda que a legislação esteja sendo revista. Os entrevistados acreditam que, se aprovados, podem ajudar a economia a crescer (30%), atrair mais turistas e dinheiro (43%) e gerar empregos (40%).

Mas, um terço do total ainda acha um cassino pode aumentar o vício em jogos e até em bebidas. No Brasil, 23% das pessoas ouvidas acredita que isso pode facilitar a lavagem de dinheiro.

“O governo brasileiro tem diante de si a oportunidade de reconhecer o jogo como uma atividade econômica a exemplo de 80% dos países que compõem a ONU”, disse Olavo Sales da Silveira, presidente do Conselho da ABRABINCS – Associação Brasileira de Bingos, Cassinos e Similares.

Silveira acrescentou: “Defendemos que o país tem potencial para um pacote diversificado de modalidade de jogos, em especial acreditamos na inserção primária do modelo de cassinos urbanos que permite capilaridade e investimentos pulverizados nos diversos municípios com vocação turística que estão espalhados pelo país representando oportunidades aos investidores do Brasil e do mundo”.