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Os vereadores de São Paulo estão diante de uma decisão legislativa significativa. O projeto de lei, proposto pelo vereador Xexéu Trípoli (PSDB), visa proibir corridas de cavalo com apostas na cidade.

Trípoli, ao defender a proposta, destacou: “Estamos no século 21 e não podemos deixar animal sofrer para entretenimento humano”.

Esta iniciativa reflete um movimento crescente de conscientização sobre o bem-estar animal, desafiando práticas tradicionais de entretenimento.

Impacto no Jockey Club de São Paulo

O histórico Jockey Club de São Paulo, fundado em 1875, enfrenta um desafio direto com esta proposta. O projeto exige que estabelecimentos operando corridas de cavalos com apostas cessem suas atividades em 180 dias.

As penalidades para o descumprimento incluem advertências, multas calculadas com base na capacidade de frequentadores, e a suspensão do alvará de funcionamento.

O clube, um marco na história da cidade, não se manifestou sobre o projeto, apesar das implicações significativas.

Contexto legal e repercussões financeiras

O vereador Trípoli também abordou a contradição legal existente, citando: “A prática de jogo de azar é proibida em território nacional, que já indica um claro direcionamento para se vedar a prática de apostas, ainda que em resultados esportivos”.

Ele ressalta o paradoxo da permissão de corridas de cavalos com apostas, enquanto outras práticas com animais são proibidas.

O Jockey Club, enfrentando problemas financeiros e uma dívida de IPTU de mais de R$ 100 milhões, permanece em uma posição delicada.

Perspectivas futuras e debate público sobre corridas de cavalo

A votação desse projeto não só decidirá o destino das corridas de cavalos em São Paulo, mas também refletirá as atitudes em relação ao tratamento de animais em atividades de entretenimento.

A falta de diálogo do Jockey Club sobre o assunto, conforme observado por Trípoli – “Nunca me procuraram. Parece que não estão preocupados com isso” – sugere uma incerteza sobre o futuro dessas práticas.