O setor de turfe da Argentina está buscando mudanças que não comprometam o futuro das atividades no país. O Sindicato dos Trabalhadores da Turfe e Afins (UTTA) promoveu mobilizações no país com afiliadas, para exigir nova representação e construir uma lei que preserve a atividade.
Hernán García Vila, representante da UTTA, disse que a prioridade é definir os representantes do setor, a fim de criar uma lei federal sobre o tema. García Vila questiona o hipismo do interior, uma vez que “eles deixam de lado a UTTA” para definir as políticas e recebem por uma representação que não possuem. “Esse é o motivo que nos mobilizou para continuar trabalhando”, contou.
Segundo Villa, a maioria das associações de turfe na província de Buenos Aires recebe um subsídio do estado, produto do Fundo de Reparação.
No entanto, a UTTA acredita que esse dinheiro desconfigura a função do sindicato, uma vez que o poder público não deve interferir em sua autonomia: “Que autonomia alguém pode ter para definir, contribuir ou lutar pelas conquistas dos trabalhadores se receberem um subsídio estatal e é o mesmo que seu empregador recebe?”
Mobilização do turfe da Argentina
Da mesma forma, García Vila propôs que sindicatos, pistas de corrida e clubes de furte da Argentina mantenham autonomia para dar suas opiniões.
“É vital redefinir as regras, especialmente na província de Buenos Aires. O que precisa ser feito é que todos que representam as pistas de corrida e os sindicatos se juntem para definir uma lei nacional sobre como a atividade é financiada, promovida e desenvolvida”, acrescentou.
Outra das soluções propostas aponta para um sistema federal centralizado, que tira proveito da tecnologia para que a renda possa ser distribuída de maneira justa visando o desenvolvimento. “É possível progredir, e a UTTA não está apenas disposta a se sentar, mas também pede que mesas regionais e setoriais sejam capazes de mudar as coisas”, contou.
Além disso, o representante da UTTA pediu ao turfe da Argentina que buscasse soluções. “Não precisamos exigir soluções dos governantes. Temos que mostrar as necessidades do setor, como podem ser resolvidas e com quais recursos. A questão é unificar nosso projeto, pois a atividade pode estar em risco. É hora de pensar em todo o hipismo e não nos interesses particulares”, concluiu.