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Apesar da falta de uma regulamentação, os sites e aplicativos de apostas esportivas estão em funcionamento no Brasil desde 2018, quando foi sancionada a lei 13.576. Provavelmente teremos mais atualizações sobre a legalização completa da modalidade em dezembro deste ano, após as eleições.

Até o momento, os operadores de apostas, em sua maioria, hospedam suas plataformas no ambiente digital, com sites e domínios internacionais. Dessa forma, as marcas não precisam pagar impostos ao governo brasileiro, além disso, muitas dessas empresas também patrocinam clubes de futebol nacionais.

Todos os 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro têm alguma forma de patrocínio com casas de apostas, conforme o último levantamento do jornal “O Globo”.

Recentemente o senador Eduardo Girão, Podemos do Ceará, relatou casos de manipulação de resultados que podem estar ligados ao cenário das apostas esportivas. O senador defende uma fiscalização mais firme e penas mais incisivas para casos de fraudes como estes.

Eduardo Girão disse: “Estou estudando com a nossa equipe a pretensão de apresentar um projeto de lei para endurecer a legislação de forma a inibir a manipulação de resultados e também alterar outros dispositivos na regulamentação das apostas esportivas de forma a coibir tais abusos, dificultar a lavagem de dinheiro e, principalmente, diminuir a força de indução ao vício”.

O ex-repórter esportivo e atualmente senador, Jorge Kajuru, Podemos de Goiás, lembra que casos com este já são antigos no esporte: “Manipulação de futebol, de resultados, existe há muito tempo, não é? Eu sou do tempo da máfia da loteria, da histórica revista Placar, dirigida por Juca Kfouri”.

Em 1982, o caso da máfia das loterias foi manchete da revista Placar, onde o repórter Sérgio Martins revelou uma rede de pelo menos 125 jogadores e dirigentes que manipulava resultados em função da loteria esportiva. Naquele ano, a reportagem da Placar ganhou o prêmio Esso de Jornalismo, devido à grande importância do fato revelado.