O caso envolvendo o Corinthians e VaideBet ganhou novos contornos. Recentemente, a Polícia Civil de São Paulo identificou empresas suspeitas de estarem ligadas à Neoway.
Esta foi a empresa central nas investigações sobre uma possível fraude nos repasses do acordo entre a casa de apostas e o Timão.
Três empresas na lista de possíveis laranjas
As empresas em questão são a Carvalho Distribuidora, a ACJ Platform Comércios e Serviços e a Thabs Gestão e Serviços. Todas elas foram mencionadas como possíveis envolvidas no caso.
Além disso, uma mulher residente em São Bernardo do Campo também está na lista de suspeitos. O delegado Tiago Fernando Correia, da Delegacia de Investigações sobre Crimes de Lavagem de Dinheiro, determinou a intimação de todas as pessoas com qualquer ligação a essas empresas para prestar esclarecimentos.
Investigadores classificaram essas três empresas como “empresas frias”. Elas surgiram em 2023, possuem um capital social de R$ 100 mil ou mais e têm um único sócio cada.
Curiosamente, esse cenário se assemelha ao da Neoway, que está sendo apontada como intermediadora no caso da VaideBet.
No caso da Neoway, os documentos indicam que Edna Oliveira dos Santos é sócia da empresa. No entanto, alguém usou Edna Oliveira dos Santos, que reside em um bairro humilde de Peruíbe, no litoral paulista, como “laranja”.
Em janeiro de 2023, alguém criou a Thabs em um bairro nobre de São Paulo, com um capital de R$ 140 mil. Seu sócio é um homem que também vive na capital paulista.
No entanto, esse mesmo indivíduo consta como beneficiário do Auxílio Emergencial entre 2020 e 2021 em Peruíbe, a mesma cidade de Edna Oliveira dos Santos.
Novos personagens no caso Corinthians e VaideBet
Ou seja, a Carvalho Distribuidora tem como sócio um homem de Itajaí (SC) que recebeu o Auxílio Emergencial entre abril e dezembro de 2020. Curiosamente, os documentos indicam que a empresa possui um capital de R$ 100 mil.
Além disso, a ACJ Platform Comércios e Serviços tem como sócia uma mulher que recebeu regularmente R$ 750 mensais do Bolsa Família entre março de 2023 e março de 2024, embora a empresa tenha um capital de R$ 150 mil.
Então, a polícia está investigando o suposto desvio de parte da comissão que a Rede Social Media Design recebeu pela intermediação do acordo. Esse caso levou a VaideBet a rescindir o contrato com o Corinthians, alegando danos à sua imagem.
O acordo entre o Corinthians e a VaideBet estava previsto para durar até o final de 2026, com um pagamento total de R$ 370 milhões.
Na última sexta-feira (21), o presidente Augusto Melo registrou um Boletim de Ocorrência e solicitou a abertura de um inquérito, alegando que membros de sua família foram vítimas de montagens em prints.
