Na última terça-feira, 11, dirigentes dos principais clubes de futebol do Rio de Janeiro e São Paulo participaram de um encontro com representantes do Ministério da Fazenda. Na oportunidade, os clubes se mostraram contrários a solicitação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de abocanhar uma fatia dos recursos oriundos da atividade de apostas esportivas no Brasil, prática que deve ser regulamentada e taxada em breve pelo governo.
A informação é do jornalista Diogo Dantas, do jornal O Globo, e foi replicada no Mundo Rubro-Negro. Recentemente, as agremiações esportivas soltaram uma nota em conjunto pedindo para participar dos debates. A entidade máxima do futebol no país quer alterações no texto da Lei 13.756 de 2018.
De acordo com a norma, organizações esportivas nacionais que cederem suas marcas para casas de apostas terão direito a 1,63% da receita líquida obtida por loterias de apostas. A CBF, por sua vez, solicitou que a sua parte seja aumentada para 4% em cima da receita bruta. Segundo Dantas, a CBF declarou ao governo que representa o futebol brasileiro, algo que gerou descontentamento entre os dirigentes.
Dirigente do Flamengo apoia tributação das apostas esportivas
Recentemente, o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, se manifestou sobre a tributação das apostas esportivas. Nas redes sociais, o dirigente afirmou que apoia a tributação sobre casas de apostas, mas que o debate precisa ser amplo.
“Essa semana ficou claro que os clubes querem participar do processo que regulamentará as apostas esportivas no Brasil. O jogo só pode funcionar no país se o governo regular. Mas não basta isso, a nosso ver. As apostas se dão sobre nossos eventos esportivos, se utilizam de nossas marcas, símbolos, imagens, etc… além disso, é nossa atividade que fica sujeita aos riscos colaterais maléficos”.
“Precisa valer a pena para os clubes, senão podemos chegar à conclusão de que não interessa. Me causa certo espanto ouvir algumas pessoas dizendo que o governo poderia canibalizar as marcas dos clubes contra a vontade deles, dando isso de graça para empresas de apostas. Estamos em 2023, isso não existe mais. Hoje vale o ganha-ganha e temos certeza que vamos chegar a um bom termo”, finalizou Rodrigo Dunshee.