Fecyljar defende restrição de acordos com casas de apostas e critica postura da LaLiga

A Federação Castelhana-Leonesa dos Jogadores Reabilitados (Fecyljar) publicou uma nota oficial, na qual se posiciona de forma contrária a LaLiga, organização responsável pelo Campeonato Espanhol. Conforme o SBC Notícias, isso ocorreu porque a LaLiga recorreu do Decreto Real do Ministério do Consumidor, da Espanha, que restringe pesadamente a propaganda de casas de apostas.

A Fecyljar garantiu que “ficou satisfeita embora com algumas considerações” e “entende que milhões de euros escapam sem o patrocínio das casas de apostas”. Além disso, a entidade pontuou que essas pessoas não conhecem os “danos psicológicos que continuarão a causar às pessoas viciadas em jogos”.  

Ángel Aranzana, o presidente da federação, reforçou que a camada mais jovem da população é o grupo mais vulnerável. Ele também declarou que os jovens atualmente “sofrem mais com a dependência do jogo online devido às apostas esportivas”.

“Temos consciência de que todas essas ações coordenadas e já implementadas podem acabar com esse problema coletivo que sofremos e estamos satisfeitos. Mas existe uma realidade que parece que ninguém quer ver”, salientou Aranzana.

Ele ainda acrescentou: “O jogo está em constante ascensão e continuar vinculando times de futebol a patrocinadores relacionados com apostas, exceto a Real Sociedad, é voltar a uma estagnação social e não reconhecer plenamente o vício no jogo”.

Em decorrência da apelação da LaLiga contra o Decreto Real, o atual ministro do Consumidor, Alberto Garzón, criticou a ação no seu perfil oficial nas redes sociais e afirmou que a organização “coloca seus benefícios antes da proteção de milhões de jovens em todo o país”, e avisou que “eles terão que lhe enfrentar” porque seguirá priorizando o “jogo limpo”.

LaLiga argumenta que nova medida prejudicaria os times espanhóis

A LaLiga defende o seu posicionamento contra o Decreto Real em função do impacto financeiro que a nova medida causará nos clubes de futebol. Segundo a entidade esportiva, a limitação aos acordos com casas de apostas pode resultar em um prejuízo de mais de 80 milhões de euros aos times, que ainda precisariam alterar os seus contratos atuais com empresas do segmento.