Desde que o Gambling Act entrou em vigor em 2007, o setor de apostas esportivas registrou crescimento constante no Reino Unido até agora.
Sem a Premier League ou outras competições esportivas – todas foram suspensas pelo coronavírus – a receita cai. Apesar disso, o setor não está incluído no plano de ajuda do governo para proteger fontes de mão de obra.
O rendimento bruto do jogo no Reino Unido atingiu 5.200 milhões de libras (5.900 milhões de euros) no ano passado, dos quais 1,5 bilhão de libras (1,7 bilhões de euros) foram para o futebol.
O avanço do coronavírus levou a suspensão de todos os jogos de futebol e outros esportes, e os operadores de apostas esportivas já estão sentindo o golpe.
William Hill cancelou o pagamento de seus dividendos e definiu em 110 milhões de libras (120 milhões de euros) o impacto da crise da saúde em seus lucros. O Flutter Entertainement projeta uma perda entre 90 e 110 milhões de libras (entre 101 e 124 milhões de euros).
Suspender a competição de cavalos do Grand National deixará o setor sem 100 milhões de libras (112 milhões de libras), de acordo com Barry Orr, porta-voz da Betfair. “Nunca, fora dos tempos de guerra, houve tantas turbulências”, disse William Woodhams, presidente da casa de apostas Fitzdares. “É um grande golpe e pagaremos o custo por vários anos. É uma verdadeira catástrofe, muitos vão ser arruinados”, acrescentou.
Impacto no futebol do Reino Unido
Na Premier League, metade das 20 equipes participantes é patrocinada por empresas de apostas esportivas em suas camisas. A proporção é maior na segunda divisão do futebol britânico (17 de 24), que tem a Skybet como patrocinadora oficial.
Na segunda divisão do Reino Unido, 17 times dos 24 clubes contam com parceria com empresas do setor. Arquibancadas e até estádios inteiros foram renomeados com essas marcas, como o Bet365 Stadium, em Stoke.