Nesta quinta-feira, 7, Boris Johnson anunciou a sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido, depois de inúmeros escândalos e renúncias coletivas de mais de 50 membros do governo. Ele planeja seguir na função por enquanto, para que os conservadores possam se organizar e eleger um nome para a sua sucessão.
“É claro que agora deverá ter um novo líder do Partido Conservador e, assim, um novo primeiro-ministro”, disse Boris Johnson. “Eu vou servir até que um novo líder assuma”, completou.
Johnson declarou que um planejamento deve ser anunciado nos próximos dias, mas o processo de escolha de um novo primeiro-ministro começa imediatamente.
“E para esse novo líder, onde quer que ele esteja, digo que lhe darei todo o apoio que puder. E para você, o público britânico, eu sei que haverá muitas pessoas que ficarão aliviadas e talvez algumas que também ficarão desapontadas. E eu quero que você saiba como estou triste por estar desistindo do melhor emprego do mundo, mas essas são as pausas”.
Saída de Boris Johnson pode alterar situação das casas de apostas
O governo do Reino Unido estava promovendo uma revisão das normas referente ao mercado de apostas e pretendia proibir os contratos de parcerias entre casas de apostas e clubes de futebol. Mas, a mudança de primeiro-ministro pode alterar a situação.
De acordo com a mídia local, o governo estava tentando fechar um acordo com a Premier League para impor sanções a esse tipo de patrocínio. Recentemente, o Comitê de Prática de Publicidade (CAP) do Reino Unido divulgou planos para vetar anúncios de empresas de apostas explorando a imagem de figuras conhecidas do meio esportivo e influenciadores.
O governo estaria disposto até mesmo a impor uma proibição legislativa se não alcançasse um acordo voluntário com a liga inglesa. Antes da renúncia de Boris Johnson, a expectativa era que a nova legislação fosse apresentada “nas próximas semanas” e, segundo um porta-voz do DCMS (Departamento de Cultura, Mídia e Esportes), representaria “a revisão mais completa das leis do jogo em 15 anos” para torná-las “aptas para a era digital”.
A Liga Inglesa de Futebol (EFL), entidade responsável pela organização das três divisões de futebol profissional abaixo da primeira divisão, ressaltou que esse tipo de proibição poderia resultar em um prejuízo de £ 40 milhões por ano. Além disso, quase metade dos times da Premier League (elite do futebol inglês) foram apoiados por casas de apostas na última temporada.