Aprenda-a-não-cometer-os-erros-mais-comuns-com-a-Regulamentação-dos-Sites-de-Apostas-no-Brasil
Imagem: Portal Morada

A reportagem de Adalberto Leister Filho, do site Extra, explica os caminhos para escolher as melhores casas de apostas e como jogar tranquilo num nicho que tende a crescer e muito no país.

Já é possível se divertir no fabuloso mundo das apostas esportivas no Brasil. A lei que permite tentar a sorte em partidas de futebol foi aprovada no ano passado e deve ser regulamentada até o final do ano. Mas o brasileiro que gosta de esporte não precisa esperar até lá.

A pessoa já pode abrir conta e fazer apostas em sites internacionais. Porém, alguns cuidados são necessários.

O primeiro passo é encontrar um site confiável. Como as empresas de apostas hoje estão sediadas fora do país, é fundamental colocar seu dinheiro em um local seguro.

De maneira geral, sites que já possuem investimentos no Brasil tendem a ser uma “aposta” mais segura. Nessa conta entram as empresas que patrocinam clubes nacionais. Hoje, 11 dos 20 clubes da Série A do Brasileiro têm alguma parceria com uma empresa do setor.

Empresas que fazem propaganda na TV buscam manter a reputação no país após o governo divulgar as regras que serão seguidas. Ou seja, não vão querer manchar sua imagem como caloteiras.

“Outra dica importante é buscar informações na comunidade dos apostadores. Há diversos fóruns muito ativos, em que apostadores mais antigos orientam os mais novos” diz Fabio Bampi, o Nettuno, que tem canal no YouTube e gere a página Comunidade Brasileira de Trade Esportivo, no Facebook, dedicados ao assunto.

Escolhido o site, é necessário fazer o cadastro.

“Esses sites têm plataformas bem amigáveis. Para quem tiver dúvidas, há locais com chat 24h em português” conta Juliano Fontes, que dá cursos sobre apostas.

Normalmente, o novo cliente fornece nome, e-mail, documento de identificação, que serve para comprovar que a pessoa é maior de 18 anos, e número de telefone.

Para evitar fraudes, não é possível começar com uma quantia muito alta de dinheiro. Cada empresa estabelece valor máximo para o novo cliente colocar em sua conta.

Empresas confiáveis possuem link com termos de uso.

“Geralmente são poucas regras para ser o mais claro e transparente possível com os usuários” explica Fontes.

Razão e não coração

Um erro comum que os novatos cometem ao começar a apostar é valorizar excessivamente o seu time preferido.

“Você aposta no que o coração quer, mas que na realidade não acontece. Dessa forma, é preciso ser frio demais ao analisar uma partida” explica Leonardo Dornelles, 34, que hoje evita fazer apostas não só no Grêmio, time que torce.

“Também não aposto no Internacional” conta ele.

Outro erro comum é continuar apostando em um dia ruim, em que o usuário já perdeu muito dinheiro.

“Se vejo que o dia não está acontecendo (acertos), saio fora. Prefiro perder um percentual de dinheiro do que perder tudo. É preciso saber parar” conta Dornelles.

Assim, o gremista, que começou a apostar há cerca de um ano, também superou outro problema dos primeiros tempos: o excessivo tempo gasto nos sites de apostas esportivas.

“Tem que ser uma diversão. Portanto, não faço todos os dias. Quando comecei, estava deixando até a família de lado. Hoje, só aposto se consigo assistir à partida. Se não posso fazer uma leitura do jogo, não aposto” comenta ele.

Governo Edita Regras para as Apostas

A lei 13.756, aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado, permite assim, as apostas esportivas no país. No entanto, o governo federal ainda precisa regulamentar a lei.

Ou seja, estabelecer as regras que serão seguidas no setor. No início de agosto, o Ministério da Economia lançou consulta pública, na qual ouviu sugestões de empresas, apostadores e entidades esportivas sobre os caminhos que deveria seguir. O prazo foi encerrado ontem.

“A ideia é passar mais 30 dias de estudos e partir para a regulamentação em outubro ou novembro” conta Alexandre Angelo da Silva, secretário nacional de Avaliação de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia.

Com isso, é esperado que os sites passem a patrocinar ainda mais os clubes do país.