De acordo com os dados da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria, as apostas nas loterias oficiais já levaram os brasileiros a gastarem R$ 12,11 bilhões no período de janeiro a setembro. O valor é 22,7% maior que no mesmo período do ano passado, quando foram gastos R$ 9,87 bilhões. Do total, 43,35% do dinheiro arrecadado é utilizado para financiar o pagamento dos prêmios brutos das loterias de responsabilidade federal.
O dinheiro gasto nas loterias da Caixa Econômica Federal se concentra em três modalidade: Mega-Sena, Lotofácil e Quina, que são as preferidas da técnica em laboratório, Aparecida Sousa Pereira. Ela joga desde sempre, nunca ganhou e nem tem noção de quanto gasta com os jogos, mas conhece pessoas que tiveram maior sorte. “A esperança eu nunca perco. Jogo quando tá acumulada, mas não muito. Gasto, mas estou maneirando”, conta.
O aposentado Carlos Pontes também costuma fazer a sua fézinha e diz gastar uma média de R$ 40 toda vez que passa na lotérica. “Toda semana eu faço, só se tiver doente que não”, reconhece. Já o sociólogo Alex Oliveira, costuma jogar, mas, só de vez em quando. “Não tem periodicidade, mas se tem um dinheiro sobrando eu aposto”, detalha. A Mega-Sena, recentemente, teve reajuste e passou de R$ 3,50 para R$ 4,50. Segundo o empresário, Márcio Vieira, proprietário de uma casa lotérica, o reajuste não espantou os apostadores. “A princípio não senti uma queda na receita. Quem joga, acaba fazendo isso sempre”, diz.
Do total arrecadado, R$ 5,83 bilhões foram destinados a programas do governo, como a seguridade social, o Fundo Nacional da Segurança Pública (FNSP) e o Fundo Nacional da Cultura (FNC). Parte ainda é destinada para investimento no esporte, com estrutura e patrocínios para atletas profissionais.