A legalização de jogos de azar no Brasil tende a voltar a ser debatido no Congresso na volta do recesso. Ao menos, essa foi a posição defendida pelo deputado federal Ronaldo Santini (PTB) em entrevista recente ao site O Antagonista.
“Cada estado poderia ter um cassino. Como controla ‘o risco de lavagem de dinheiro e outros crimes’? Simples: proíbe dinheiro no cassino. Só moeda eletrônica. E a renda ali obtida poderia ser revertida para projetos de segurança pública, de prevenção à criminalidade”, declarou Santini.
O fato é que essas propostas já foram discutidas durante o governo do então presidente Michel Temer. A discussão se sucedeu quando um texto sobre o assunto de autoria de Ciro Nogueira, presidente do PP, chegou muito perto da aprovação.
O principal desafio a ser vencido para obter a legalização de jogos de azar no Brasil é o posicionamento da bancada evangélica. No entanto, Santini avalia que essa pauta necessita ser levantada novamente, uma vez que existem cassinos em praticamente todo o planeta.
“Vamos ser sinceros: hoje a lavagem de dinheiro acontece no jogo do bicho, por exemplo, e o Brasil fecha os olhos para isso”, salientou o deputado federal.
Discussão sobre legalização de jogos de azar no Brasil
A tendência é que os políticos voltem a tratar do assunto no retorno das atividades após o recesso. O objetivo em Brasília é procurar acelerar o processo de tramitação de propostas que tenham a ver com a legalização de jogos de azar no Brasil.
Uma das possibilidades avaliadas foi indicada pelo senador Roberto Rocha (PSDB). De acordo com o seu projeto, os cassinos podem receber autorização para funcionar unicamente dentro das dependências de resorts turísticos e na região Nordeste.
Vale salientar que a regulamentação das apostas esportivas também está em andamento. A expectativa do Governo Federal é que o processo seja concluído nesse ano de 2020.