Suprema Corte Decidirá Sobre Operação do Casino Buenos Aires

O futuro dos navios de cassino de Puerto Madero foi deixado para a Suprema Corte. O tribunal superior deve decidir se aceita uma queixa apresentada pelo governo de Buenos Aires contra uma medida judicial que permite à empresa operadora das salas de jogo continuar a operar o negócio, mesmo que seu contrato tenha expirado em outubro.

Segundo fontes confirmadas pelo governo de Buenos Aires, o Escritório da Cidade e Loteria de Buenos Aires apresentou uma queixa, depois que a Câmara de Apelações para Litígios Administrativos da Nação manteve a medida cautelar que o juiz Pablo havia assinado em primeira instância. Cayssials, a favor da reivindicação do Casino Buenos Aires.

A história do conflito tem suas raízes ao mesmo tempo em que o primeiro navio de cassino, “Star of Fortune”, começou a operar em 1999.

Embora a Constituição da Cidade proíba expressamente a exploração privada do jogo em terras de Buenos Aires, o Governo Nacional – que controlava a atividade apesar da autonomia de Buenos Aires – concedeu a concessão por sua operação porque eram barcos de cassino, e tecnicamente eles não estão no solo de Buenos Aires.

Em janeiro de 2006, o segundo navio, a “Princesa”, foi adicionado. Essa decisão foi legalmente discutida pelo governo de Buenos Aires, entre outras coisas, porque o impediu de cobrar impostos sobre o jogo.

Entenda a questão do cassino em Buenos Aires

Em 2016, após a posse de Mauricio Macri na Presidência, a Nação decidiu aumentar o cânone de 20% para 30% para a empresa operadora e também iniciou o processo de transferência do controle do jogo para a Cidade, que começou a cobrar o jogo ganha 12% da receita bruta. Essa transferência foi concluída em 1 de julho de 2017.

Devido a essa mudança, a empresa iniciou uma ação contra os dois governos em 2017. Sua alegação era de que, como o Estado impusera despesas mais altas, a equação econômica de seus negócios havia mudado; portanto, ele tinha o direito de prorrogar o contrato por um período a ser definido com conhecimentos contábeis e outros cálculos.

O operador é composto por 50% pela CIRSA e o restante é dividido em 25% nas mãos da HAPSA (operador do Hipódromo de Palermo) e outros 25% no Inverclub. Em abril passado, o juiz Cayssials concedeu ao Casino Buenos Aires a medida cautelar, que suspendeu o término do contrato. A cidade recorreu, mas em 18 de julho a Câmara deu o motivo ao juiz. E, em 24 de outubro, ele rejeitou uma segunda denúncia do governo de Buenos Aires.

A taxa e os impostos cobrados pela cidade aos cassinos são os mesmos que se encaixam nas salas de jogos no Hipódromo. Como é sabido, o Supremo Tribunal não tem prazos para decidir se aceita ou não a denúncia apresentada pela Prefeitura. Assim, a situação pode durar anos. Além disso, esse panorama traz incertezas às quase 3.500 pessoas que trabalham nas duas salas flutuantes.