A Big Brazil, empresa detentora da marca Caesars Sportsbook no Brasil, foi a quinta empresa a aplicar para a licença federal. Nesta semana, o grupo também recebeu o credenciamento no Estado do Rio de Janeiro via LOTERJ.
André Feldman, CEO da Big Brazil, explicou que representa a Caesars desde 2012 e opera no Brasil desde 2015, começando com um evento de poker da WSOP (World Series of Poker). “Nós fazíamos o maior evento aberto no Copacabana Palace”, relembrou.
“Ela (Caesars) não opera em mercado cinza, é uma empresa listada na bolsa da Nasdaq. A operação só começou após a regulamentação no Brasil. Hoje saiu a licença no Rio, e essa é a primeira entrevista que damos após essa notícia”, celebrou.
De acordo com Feldman, “a régua foi elevada pelo governo com uma legislação bastante restritiva. A maior prova disso é que hoje existem 3.500 sites operando no Brasil e pouco mais de 100 empresas pediram licença”.
Desses interessados, ele calcula que 20% nunca operou no Brasil. “Você tem Caesars chegando, MGM, Hard Rock e outras empresas que também só aderem a mercados regulados. Tudo será diferente após a regulamentação”, afirmou.
Caesars e os cassinos físicos
Vale salientar que a Caesars é uma marca muito conhecida pelos cassinos e jogos físicos em Las Vegas. “Esperávamos que o cassino físico viesse antes do online. Em outros países, o físico veio antes porque traz turismo, empregos, shows e outras atividades”, salientou.
“Em um país que precisa de empregos e turismo, faria mais sentido. Mas aconteceu o contrário, e agora o jogo online terá a função de provar que o jogo pode ser responsável e uma boa fonte de arrecadação de impostos para o governo”, completou.
Para André Feldman, os cassinos físicos não devem se tornar realidade no território nacional antes de dois ou três anos. “Essa é uma projeção pessoal”.
“Mesmo depois de passar pelo Senado e da sanção presidencial, teremos que ter a regulamentação do jogo físico. Portanto, não será rápido”, concluiu.
