O mercado de apostas online da Espanha registrou um crescimento de dois dígitos no primeiro trimestre de 2020. Os números do órgão regulador da Direção Geral de Ordenação do Juego (DGOJ) da Espanha mostram que as operadoras online licenciadas geraram receita de pouco menos de € 218 milhões no período encerrado em 31 de março.
Um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano passado e 17,6% melhor do que o último trimestre de 2019. As apostas esportivas permaneceram a vertical dominante, com receita de € 110,6 milhões no primeiro trimestre, um aumento de 8,6% em relação ao ano anterior e quase um quarto a mais que no quarto trimestre.
Números das apostas online no mercado espanhol
A receita de apostas em jogo aumentou 4%, para € 61 milhões, apesar do volume de negócios cair 18,5% ano a ano. As apostas pré-jogo refletiram esse padrão, com a receita subindo 13,1%, para € 46,3 milhões, apesar do volume de negócios ter caído 10%.
A receita de cassino aumentou 8,3% em relação ao ano anterior, chegando em € 77,6 milhões, graças ao forte crescimento de caça-níqueis (43,2 milhões de euros + 15,7%), roleta ao vivo (18,4 milhões de euros + 35,6%) e roleta tradicional (10,7 milhões de euros + 16,7%).
Por outro lado, a receita do blackjack caiu 17,1%, para € 5,3 milhões, enquanto o bacará encolheu quase 80%, para apenas € 614 mil. O lucro do poker online aumentou 13,1%, para € 24,2 milhões, com os torneios subindo quase 16%, para € 16,1 milhões.
As operadoras licenciadas na Espanha gastaram € 118,2 milhões em marketing durante o primeiro trimestre, elevação de 28,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O marketing de afiliados aumentou 1%, indo para € 10,3 milhões, enquanto os gastos com patrocínio registraram 23% a mais.
Apesar desse aumento de gastos, apenas 868 mil novas contas de apostas online foram abertas durante o primeiro trimestre, um aumento anual de apenas 5,6%.
No entanto, a associação espanhola de operadoras online, Jdigital espera que a Comissão Europeia observe essa movimentação do governo da Espanha. Ao afirmar que a “discriminação e assédio ao jogo privado” parecia refletir mais uma resposta “ideológica” do que “objetivos confiáveis de proteção ao consumidor”.
