Com apoio das Loterias Caixa, o Brasil teve sua melhor performance nos Jogos Paralímpicos de Paris. A delegação quebrou recordes mundiais, paralímpicos, de medalhas de ouro e de pódios.
O Brasil ficou em 5º lugar no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos, somando 89 pódios. A meta do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) era entre 70 e 90 medalhas e o top-8 em ouros, o que foi conquistado e até ultrapassado em Paris.
Melhor campanha dos Jogos Paralímpicos
“Em cada brasileiro, hoje, pulsa um coração paralímpico, então, eu quero agradecer demais o empenho, os jogos foram extensos. Resultados tão extraordinários proporcionados pelos nossos atletas aqui”, disse Mizael Conrado, bicampeão paralímpico como jogador de futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)
“O resultado dos Jogos Paralímpicos foi excepcional, mas não dá para falar sobre esse resultado sem voltar a 2017, quando a gente elaborou o nosso plano estratégico e que foi uma bússola ao longo dos últimos oito anos, foi ele quem nos guiou até aqui”, acrescentou.
Ele ainda pontuou que “o Brasil me deu muito orgulho aqui em Paris. Uma campanha com 89 medalhas, 25 de ouro, 26 de prata, 38 de bronze. Uma campanha que poderia ter sido ainda melhor. Basta a gente lembrar que perdemos duas provas por dois centésimos”.
“Eu não consigo nem ter ideia de quanto é dois centésimos. Então, é realmente uma campanha irretocável, maior quantidade de medalhas no total, maior de ouro, número total de medalhas, de 72 para 89, nossa meta era de 75 a 90″, concluiu.
A campanha histórica contou com alguns aspectos que foram marcantes em Paris 2024. Confira:
Top-5 pela primeira vez
Pela primeira vez na história o Brasil encerrou entre os cinco melhores dos Jogos Paralímpicos no quadro de medalhas. Foram 25 ouros, o que deixa o país atrás apenas de China (94), Reino Unido (49), Estados Unidos (36) e Holanda (27).
No total de pódios, só três países conquistaram mais que o Brasil, que teve 89: China (220), Grã-Bretanha (124) e Estados Unidos (105).
Recorde de ouros na competição
O Brasil encerrou sua participação em Paris com 89 pódios, sendo 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes, superando em 17 pódios as campanhas de Tóquio 2020 e Rio 2016.
Em Paris, a delegação brasileira conquistou sua medalha de número 400, encerrando com 462 pódios no total, e se aproximando da marca de 500 pódios para 2028, em Los Angeles. O atletismo bateu a marca de 200 medalhas na história e a natação, 150 pódios.
Recorde de ouros
O Brasil superou o número de medalhas de ouro conquistadas em uma única edição, com 25 ao todo. O recorde anterior, 22, foi registrado em Tóquio 2020. A soma de pódios do país em Jogos Paralímpicos agora é de 462, sendo 134 ouros, 158 pratas e 170 bronzes.
Recorde de medalhas em um dia
No penúltimo dia de competição, o Brasil teve seu dia mais vitorioso da história nos Jogos Paralímpicos. O país conquistou 16 medalhas somente no sábado, 7 de setembro: seis de ouro, três de prata e sete de bronze. Durante o período em Paris, o Brasil conquistou no mínimo dez medalhas em cinco dias dos Jogos, nos dias 30/8, 31/10, 2/9, 3/9, e 7/9.
Recorde de participantes no exterior
A delegação brasileira contou com 280 atletas que participam dos Jogos Paralímpicos de Paris. O Comitê Paralímpico Brasileiro convocou 255 atletas com deficiência, e também viajaram à França 19 atletas-guia (18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo.
Antes, a maior equipe nacional era um total de 259 convocados em Tóquio 2020. O recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil foi sede e contou com 278 atletas com deficiência.
Recorde de participação feminina
Em Paris, dos 255 atletas com deficiência convocados, 117 eram mulheres, ou 45,88% do total dos competidores, o que representa o recorde histórico. O número representa a maior convocação feminina brasileira na história dos Jogos Paralímpicos tanto em quantidade quanto em termos percentuais.
Em números, as atletas que estarão na capital francesa superararam a quantidade convocada na edição de 2016, no Rio de Janeiro, quando o Brasil teve 102 mulheres, o que representou 35,17% do total da delegação.
As mulheres brasileiras conquistaram 43 medalhas em Paris, sendo 13 de ouro, 12 de prata e 18 de bronze, quarta melhor no quadro de medalhas, atrás de China, Reino Unido e Estados Unidos.
Quebra de vários recordes
Os brasileiros bateram seis recordes mundiais, sendo cinco no atletismo e um na natação.
No atletismo, com o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques nos 1500m T11, que fez o tempo de 3min55s82. Com o paulista Júlio César Agripino dos Santos, que fez 14min48s85 nos 5000m T11. A acriana Jerusa Geber, que fez 100m T11 com o tempo de 11s80. Já a maranhense Rayane Soares da Silva, que fez os 400m T13 em 53s55 e com a paulista Beth Gomes, que marcou 7,82m no arremesso de peso F53.
Na natação, o recorde mundial veio com o mineiro Gabrielzinho, que fez os 150m medley SM2 em 3m14s02.
Recordes paralímpicos
O Brasil também quebrou oito recordes paralímpicos em Paris, sendo três no atletismo, um na canoagem, dois no halterofilismo e dois na natação.
No atletismo, o mineiro Claudiney Batista dos Santos fez 46,86m no lançamento de disco classe F56 para bater o novo recorde paralímpico. A paulista Beth Gomes fez 17,37m no lançamento de disco F53. E a acreana Jerusa Geber dos Santos fez os 200m T11 em 24s51.
Na canoagem, o sul-mato-grossense Fernando Rufino fez os 200m VL2 em 50s47. No halterofilismo, apaulista Mariana D’Andrea levantou 148kg na categoria até 73kg. A carioca Tayana Medeiros levantou 156kg na categoria até 86kg.
Na natação, a carioca Lídia Vieira da Cruz fez os 50m livre S4 em 38s61. A pernambucana Carol Santiago fez os 50m livre S12 em 26s71.
Medalhas inéditas
O Brasil ampliou a diversidade de medalhas com três modalidades que nunca tinham alcançado pódio. No badminton, o paranaense Vitor Tavares conquistou o bronze na classe simples SH6.
No tiro esportivo, o paulista Alexandre Galgani conquistou a prata na classe R5 carabina de ar 10m, posição deitado misto SH2. E no triatlo, o paranaense Ronan Cordeiro conquistou a prata na classe PTS5.
A nadadora pernambucana Carol Santiago conquistou três medalhas de ouro em Paris e se tornou a mulher com mais ouros na história do Brasil. Ela tem agora seis ouros, o recorde anterior era de Ádria Santos, que tem quatro. No total, Carol Santiago soma 10 pódios.
Apoio das Loterias Caixa nos Jogos Paralímpicos de Paris
Desde 2003, as Loterias Caixa apoiam o esporte paralímpico nacional de forma crescente. Ao longo de 21 anos de parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), foram investidos mais de 355 milhões de reais.
Esse apoio foi fundamental para que o Brasil se tornasse uma potência paraolímpica. O país passou da 24ª colocação em 2000 para a 7ª colocação em 2021, conquistando 72 medalhas nos Jogos de Tóquio.
Em 2023, as Loterias Caixa renovaram o patrocínio com o CPB. A parceria continua com investimentos anuais de R$ 35 milhões, permitindo a manutenção de 67 Centros de Referência. Ou seja, esse suporte favorece mais de 3.500 atletas, desde iniciantes até os de alto rendimento.
Esse patrocínio é o mais longo da história do esporte paralímpico global. As Loterias Caixa são patrocinadoras oficiais de diversas modalidades, como goalball, tênis de mesa, bocha, natação e vôlei sentado.