A diretora-presidente da Caixa Loterias, Lucíola Aor Vasconcelos participa de uma audiência na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (04), junto a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
O assunto é polêmico, pois envolve as loterias federais. Ou seja, uma possível transferência das operações dessas loterias para uma empresa subsidiária da Caixa. O evento acontece no plenário 9 e o responsável pelo debate é o deputado Tadeu Veneri (PT-PR).
Mas essa não é a primeira vez que o tema é debatido, ele já foi pauta em uma recente reunião do Conselho de Administração da empresa.
Impacto social das Loterias Caixa
Assim, o deputado Veneri expressa preocupação com a medida: “Aproximadamente 40% do lucro das loterias da Caixa vão para investimentos em saúde, educação e projetos sociais”.
Em 2023, destinaram R$ 9,2 bilhões das loterias (total de R$ 23,4 bilhões) para secretarias de saúde, projetos sociais e educação.
No Brasil, as loterias federais são monopólio da Caixa, que é um banco público. Mas, em 2016, alguém tentou romper o monopólio, resultando na criação da Lotex. Inicialmente, tinha como objetivo transferir a operação e abrir capital.
Após dois leilões fracassados em 2019, o consórcio Estrela foi selecionado. No entanto, o consórcio desistiu da operação e acabou não executando o serviço.
Mudança de Estatuto
Assim, diante da desistência, a Caixa alterou o estatuto da Lotex, transformando-a em Caixa Loterias. Conforme Veneri, essa foi uma “tentativa mais robusta de privatizar o controle delas”.
Em agosto de 2023, um novo decreto possibilitou que a Caixa voltasse a operar a Lotex. A expectativa é que o relançamento da popular raspadinha aconteça nos próximos meses, oferecendo uma forma instantânea de ganhar prêmios em dinheiro.