Fenae reafirma oposição à transferência das Loterias da Caixa
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A decisão do Conselho de Administração da Caixa (CA/Caixa) de votar na próxima segunda-feira (15) sobre a transferência da operação das loterias para uma empresa subsidiária tem gerado preocupação e resistência por parte da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae).

Sob a liderança do presidente Sergio Takemoto, a Fenae reitera seu posicionamento contrário à proposta, enfatizando os potenciais danos sociais decorrentes dessa medida.

O presidente da Fenae destaca que a transferência das operações das loterias para uma subsidiária representa mais do que uma simples reorganização interna.

“Transferir as operações para uma subsidiária é abrir as portas para a privatização e colocar em risco o destino desses recursos. Se privatizadas, essa soma bilionária, atualmente revertida em benefício da sociedade, será desviada para lucro de empresários”, alerta o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

“Transferir as loterias é comprometer o acesso da população a oportunidades de educação e desenvolvimento”, acrescentou.

Em 2023, por exemplo, cerca de R$ 9,2 bilhões provenientes da arrecadação das loterias foram direcionados para essas áreas, contribuindo significativamente para políticas sociais e programas como o Fies.

Posicionamento da Fenae

A Fenae tem demonstrado sua posição contrária desde que tomou conhecimento das discussões sobre o assunto.

Além de manifestações e envio de ofícios ao governo, a federação também promoveu uma audiência pública no Congresso Nacional. Dessa maneira, para discutir os impactos da transferência das loterias.

A preocupação com o acesso da população a oportunidades de desenvolvimento e educação motiva esses esforços contra a privatização das loterias.

Takemoto convoca não apenas os empregados da Caixa, mas toda a sociedade a se mobilizarem contra essa medida, enfatizando o dever social de preservar os recursos destinados às áreas sociais.

“Será um dano irreparável às áreas sociais que recebem repasse da arrecadação. Por isso, é de extrema importância que os empregados da Caixa e também toda a sociedade intensifiquem as mobilizações junto aos parlamentares para se engajarem nesta luta. É um dever social”, destacou Takemoto.