A Caixa Econômica Federal está considerando a possibilidade de patrocinar as divisões inferiores do Campeonato Brasileiro de Futebol.
Esta medida visa retomar o apoio ao esporte, uma tradição do banco estatal. A estratégia atualmente em análise representa uma mudança em relação à abordagem adotada até 2019, quando a Caixa patrocinava clubes de futebol e estampava suas camisas.
O banco acredita que o cenário foi alterado com a ascensão das casas de apostas esportivas, que agora ocupam esse espaço e elevaram os valores de mercado.
Dessa forma, a instituição financeira está considerando patrocinar as Séries B, C e D do Brasileirão, todas organizadas pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
De acordo com informações obtidas através da Lei de Acesso à Informação, em fevereiro de 2019, a Caixa já havia investido significativos R$ 763,5 milhões no futebol desde 2012, com os clubes sendo os maiores beneficiados, recebendo um total de R$ 665 milhões da estatal nesse período.
Até 2019, o banco tinha contratos ativos com dois clubes, incluindo o Sport e o Botafogo.
Expansão para outras modalidades
Além do futebol, a Caixa e as Loterias Caixa anunciaram, em 24 de agosto, um total de R$ 68,3 milhões em patrocínios para diversas modalidades esportivas.
Além disso, o investimento incluiu a renovação dos contratos com o Comitê Paralímpico Brasileiro e a Confederação Brasileira de Atletismo.
A Caixa Econômica Federal também direcionou recursos para um acordo com a Liga Nacional de Basquete para patrocinar o Novo Basquete Brasil, principal campeonato adulto masculino de basquete.
Assim, a Caixa continua seu apoio financeiro à Confederação Brasileira de Ginástica e à Liga de Basquete Feminino.
Caixa Econômica Federal planeja transformar loterias em empresa subsidiária
Contudo, uma potencial mudança na gestão das loterias da Caixa Econômica Federal está gerando polêmica.
O representante dos funcionários no Conselho Administrativo (CA) da instituição, Antônio Messias Rios Bastos, levantou preocupações sobre uma possível manobra da diretoria para transferir a gestão das loterias da vice-presidência da instituição para empresas subsidiárias.
Entretanto, a diretoria do banco alega que essa medida é necessária para manter a competitividade no mercado concorrencial, além de possibilitar a atuação no segmento de apostas esportivas, uma vez que a legislação requer um CNAE específico para tal atividade.