Caixa Econômica quer colocar sua holding de seguros na Bolsa até abril
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal quer incluir a sua holding de seguros, a Caixa Seguridade, na Bolsa de Valores, entre março e abril, conforme noticiado na matéria do Estadão. A oferta pública inicial de ações será nacional e foi reativada no último dia, 27, depois de ter ficado parada em 2020 devido a pandemia.

A ação marca a entrada da Caixa com negócio listado na Bolsa. O intuito da instituição pública é comercializar até 30% da empresa. Perto de o IPO ser congelado, a operação foi calculada em cerca de 15 bilhões de dólares, só que a intenção do banco era avaliar entre 50 e 60 bilhões de reais.  

Com a pandemia, a Caixa focou em finalizar os acordos que ficarão com a Caixa Seguridade. O término desse movimento encerra a etapa de estruturação operacional e também encaminha o IPO. As novas associações, que passam a valer a partir de agora, foram concluídas com parceiros privados e podem durar até duas décadas.

“Já recebemos R$ 7 bilhões por conta da reestruturação de seguridade. Somente neste ano foram mais de R$ 2 bilhões. O negócio de seguridade reforça o tamanho da Caixa”, afirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em encontro do Credit Suisse sobre investimentos na América Latina.

Na época, Guimarães declarou que a instituição já contava com demanda de duas vezes a quantia de oferta pública inicial de ações (IPO) da sua holding. Ele frisou, todavia, que dependeria do valor das ações e da situação de mercado, além das devidas aprovações.

“Espero em breve ter uma conversa mais objetiva sobre operações específicas para que investidores possam ser nossos sócios”, comentou.  

Presidente da Caixa Econômica afirma que negócio está pronto para ser retomado

De acordo com ele, com todas as associações oficializadas, a Caixa Seguridade está apta para retomar o IPO. “Agora, não existe mais dúvidas”, acrescentou.

Além da Caixa Seguridade, a Caixa Econômica Federal ainda conta com outros quatro IPOs: o banco digital, as loterias, o segmento de gerenciamento de recursos e a área de cartões. “Temos cinco operações possíveis, quatro dependem do management. A outra, o de loterias, tem uma questão legal”, frisou.

Em relação a Caixa Seguridade, os assessores financeiros contratados anteriormente precisam ser conservados. Além disso, o movimento está sendo promovido pela Caixa Econômica, juntamente com Morgan Stanley, Bank of America, Itaú BBA, Credit Suisse e Banco do Brasil.

O banco estatal preferiu não se manifestar sobre as informações duvidas pelo Estadão.