Número de ganhadores de loterias que deixaram de resgatar seus prêmios em 2018 aumenta, comparado com 2017.
Segundo apuração da Caixa Econômica Federal (a pedido do Poder 360), em 2017, R$ 326 milhões foram deixados para trás por seus ganhadores. No ano passado, o valor aumentou: R$ 332,2 milhões não tiveram como destino o bolso de seus ganhadores.
Se somarmos os últimos cinco anos, chegamos ao valor de R$ 1,6 bilhão, não retirados pelos ganhadores de Mega-Sena, Lotofácil, Quina, Lotomania, Timemania, Dupla Sena, Loteca e Lotogol.
Segundo as regras das loterias, os ganhadores têm até 90 dias corridos após a realização do sorteio para buscar o prêmio.
Os valores não resgatados dentro deste período são repassados ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), programa do governo federal de financiamento de cursos de graduação no ensino superior.
O repasse ao Tesouro Nacional é realizado mensalmente, sempre no mês seguinte ao do vencimento do prêmio.
COMO RESGATAR O PRÊMIO:
Para retirar o valor, o ganhador deve comparecer à qualquer agência da Caixa com o bilhete premiado, documento de identificação e CPF.
O banco ressalta que, em casos de bilhete ao portador –aqueles que não possuem a identificação do apostador– é importante que o ganhador escreva o nome completo, RG e CPF no verso da aposta antes de sair de casa. Assim, garante que ninguém retire o prêmio em casos de perda.
O local de resgate varia de acordo com o valor que será retirado. Prêmios de até R$ 1.903 podem ser sacados em casas lotéricas credenciadas ou em agências da Caixa. Acima desse valor, o ganhador só recebe na agência bancária.
Para quem ganhar R$ 10.000 ou mais, o pagamento só é feito após 2 dias do comparecimento em uma agência da Caixa.
R$ 6,6 BILHÕES EM REPASSES SOCIAIS
Além dos prêmios prescritos, a Caixa Econômica repassou R$ 6,6 bilhões do total arrecadado com os jogos para o Tesouro Nacional.
Os valores foram aplicados nas áreas de educação, saúde, segurança, cultura, Seguridade Social e esporte em 2018. O repasse é determinado por lei.
Em dezembro de 2018, o ex-presidente Michel Temer sancionou uma lei que destina recursos das loterias para segurança pública. O texto determina que 9,4% da arrecadação bruta das loterias federais sejam destinados ao FNSP (Fundo Nacional de Segurança Pública) e ao FPN (Fundo Penitenciário Nacional).
De acordo com os cálculos do governo, o Ministério Justiça e Segurança Pública receberá cerca de R$ 2 bilhões em 2019.