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Senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), autor do PL 2.985/2023. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Na quarta-feira (12), a partir das 10h30, a Comissão de Esporte do Senado (CEsp) realizará uma reunião para analisar o projeto de lei que proíbe propagandas de serviços de apostas de quota fixa, conhecidas como bets (PL 2.985/2023).

O autor do projeto, o senador Styvenson Valentim (PSDB-RN) afirmou que o Legislativo precisa intervir diante do poder econômico acumulado por essas empresas.

O senador destaca que “a proposta justifica-se diante da mudança súbita do perfil de apostadores, passando a ser composto majoritariamente de jovens, que têm ao seu alcance, com apenas um clique, a possibilidade de realizar apostas sem barreira alguma ao comportamento impulsivo”.

Restrições a propagandas de apostas

O relator da proposta, o senador Carlos Portinho (PL-RJ), apresentou emendas que incluem diversas restrições à publicidade. Entre elas estão a proibição de propagandas em horários específicos na televisão e no rádio.

Ele também propõe a vedação da divulgação por meios impressos ou eletrônicos, incluindo a internet. Além disso, o projeto proíbe a participação de atletas, artistas, influenciadores e autoridades nesse tipo de publicidade.

No relatório, Portinho alertou que “a publicidade desenfreada nesse setor induz a audiência a acreditar que, num golpe de sorte, conquistará independência financeira”.

A CEsp encaminhará a proposta à Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD), responsável pela decisão final sobre o tema.

O deputado Carlos Portinho complementou que “a realidade tem demonstrado o empobrecimento ainda mais acentuado dos segmentos mais economicamente vulneráveis da população”.

Antes da votação, ocorrerá a eleição para o cargo de vice-presidente da CEsp para o biênio 2025-2026. O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) é o favorito para assumir a posição.

Portanto, a discussão sobre as restrições à publicidade de apostas esportivas ganhará destaque no cenário legislativo. O projeto busca equilibrar os interesses econômicos com a proteção ao público jovem e vulnerável.