A legalização de cassinos, bingos e do jogo do bicho no Brasil voltou a ser amplamente debatida. O Senado vai discutir o Projeto de Lei 2.234/22 na próxima quarta-feira (04). Então, pode-se esperar reações fortes, positivas e negativas, de parlamentares, líderes religiosos e figuras públicas.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, declarou que pretende usar estratégias regimentais para adiar a votação.
“Nós vamos nos posicionar contra, pela Frente Parlamentar Evangélica. Assim, vamos usar de tudo o que for possível do regimento para atrasar essa votação e chamar a atenção da população sobre o desastre que vai ser a aprovação do jogo no nosso país”, afirmou Viana ao jornal O Fator.
Movimento contrário à legalização dos cassinos
Além de Viana, outras figuras públicas conservadoras também expressaram oposição ao projeto. O senador Eduardo Girão (NOVO-CE), conhecido por sua postura crítica aos jogos de apostas, usou as redes sociais para pedir mobilização popular contra o projeto.
“Precisamos da mobilização dos nossos cidadãos de bem, cobrando os senadores para reverter isso. Sobre as casas de apostas, eu votei contra ano passado e alertei publicamente sobre o que iria acontecer”, declarou Girão.
Já o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (NOVO), mesmo sem mandato desde 2023, se manifestou de forma contundente nas redes sociais. Então, ele alertou para os riscos sociais da medida.
“O Senado está prestes a legalizar cassinos físicos, bingos e até o jogo do bicho no Brasil. Isso não é só um risco para o país — é um ataque direto à sua família. Não deixe que o vício em jogos destrua os lares brasileiros!”, escreveu em seu Instagram.
O pastor Silas Malafaia também entrou na discussão e publicou um vídeo criticando o projeto. Dessa forma, ele destacou os possíveis prejuízos econômicos e sociais da legalização.
“Na jogatina, quem ganha é a banca. Ninguém ganha porcaria nenhuma. Isso é uma afronta. E outra, o governo Lula, ávido por arrecadar, está apoiando esse lixo. Ou seja, a arrecadação fica aquém dos danos econômicos e sociais que a jogatina produz”, afirmou.
Por isso, a Frente Parlamentar Evangélica tem atuado como uma das principais barreiras à aprovação do projeto, refletindo a resistência de setores religiosos e conservadores a qualquer flexibilização na legislação dos jogos de apostas.
Contudo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já afirmou que o projeto dos cassinos será colocado em votação nesta quarta-feira (4). Caso não seja apreciado, o PL deve voltar a pauta na próxima semana.