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Foto: Pedro França/Agência Senado

Senador Jorge Kajuru, presidente da CPI das Apostas no Senado, revelou em entrevista recente que o Ministério Público de Goiás fechou acordos de delação premiada com investigados que entregaram provas sobre o suposto envolvimento de jogadores da Seleção Brasileira com a manipulação de resultados.

Ele afirmou: “A Justiça já tem todo o material. É um trabalho em dobradinha com o Ministério Público de Goiás”, mas não revelou os nomes dos atletas citados nas delações.

Possível envolvimento de Lucas Paquetá e Luiz Henrique

Entre os jogadores convocados para representar o Brasil nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, apenas dois foram mencionados na CPI até o momento: o meio-campista Lucas Paquetá, do West Ham, e o atacante Luiz Henrique, do Botafogo.

Os advogados do meia solicitaram adiamento para dezembro, dada a necessidade de preparar sua defesa na Federação Inglesa de Futebol (FA), onde já enfrenta uma investigação. O jogador participará de uma audiência em março do próximo ano.

Em suas redes sociais, Paquetá declarou que “continua negando” as acusações de manipulação e está “ansioso para demonstrar sua inocência”.

Luiz Henrique, por sua vez, abordou o assunto após uma vitória significativa na Libertadores. Ele disse: “Querem apagar o meu brilho, mas eu sei que não vão conseguir. Deus está comigo, minha família está comigo e nada disso está acontecendo”.

Dirigentes do Botafogo têm trabalhado para evitar sua convocação à CPI, visitando senadores na tentativa de influenciar suas decisões. Contudo, a Espanha iniciou uma apuração sobre as suspeitas de envolvimento do atleta a partir de informações repassadas pelas autoridades brasileiras.

CPI das Apostas focada com a integridade no esporte

Esta investigação é crucial para identificar possíveis práticas ilícitas no futebol brasileiro, com a CPI das Apostas focada em atividades que comprometem a integridade das competições. As delações prometem trazer mais clareza sobre os envolvidos e a extensão dos esquemas fraudulentos.

Vale lembrar que na última quarta-feira (30), Bruno Tolentino, tio do jogador Lucas Paquetá, permaneceu em silêncio durante seu depoimento na CPI das Apostas no Senado.

Amparado por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), Tolentino optou por não responder às perguntas. Assim, os integrantes da CPI estão considerando a quebra de seus sigilos bancário, telefônico e telemático.